Vítimas de furtos durante o Carnaval relatam o trauma de não querer mais participar dos festejos momescos
Época de Carnaval, folião precisa ficar atento em relação aos furtos e roubos que ocorrem em bandas e blocos (Foto: Divulgação)
“Desde que fui assaltado, nunca mais eu fui para uma banda de carnaval”, afirma o atendente de call-center Brayan Pereira, de 27 anos, que foi vítima de um furto de celular há quatro anos, em um bloco no Centro Histórico de Manaus.
Segundo o jovem, no dia do crime, ele estava com outros amigos, quando um grupo de criminosos levou o aparelho telefônico dele.
“Eu ainda corri para tentar recuperar meu celular e reagi por impulso. Parei um guarda, mas outra pessoa do grupo já tinha levado o meu celular”, afirmou Brayan Pereira, que ressaltou que não fez um Boletim de Ocorrência (BO).
Em um outro caso, também em uma festa carnavalesca no Centro, uma idosa, de 60 anos, que pediu para não ter o nome divulgado, relatou que estava com uma bolsa, mas um criminoso furtou seu celular.
Dados
Mesmo com os relatos de casos de furtos e roubos no período de carnaval, um levantamento realizado pelo Centro Integrado de Estatística (Ciesp) da Secretaria de Segurança Pública do Estado do Amazonas (SSP-AM) referentes ao período de 9 a 14 de fevereiro de 2024, comparado aos seis dias de carnaval de 2023 (de 17 a 22 de fevereiro) demonstraram redução dos crimes de furto, que caíram 23% e de roubos, que caiu 2%. A polícia informa que ouve, também, menos registros de crimes de assédio sexual.
O advogado criminalista, Antônio Gonçalves, relata que apesar de os blocos ou bandas de carnaval serem ambientes festivos, existem pessoas que praticam furtos ou roubos.
Gonçalves também alerta que o folião não deve andar com o celular na mão, pois o criminoso pode bater ou esbarrar propositadamente, e também acontecer um caso de furto.
De acordo com o advogado Antônio Gonçalvesas, mulheres também precisam ficar atentas aos casos de beijos forçados. “A desculpa machista: 'Eu estava sob influência do álcool e beijei achando que ela queria' é denominado de beijo lascivo, e isso agora é crime. O Carnaval não é sinônimo de premicibilidade. Não é não”, conta.
Caso a pessoa seja vítima de roubo, furto ou qualquer outro delito, deve procurar o policial mais próximo ou faça a denúncia na delegacia mais próxima. "O Boletim de Ocorrência é importante para conseguir fazer a segunda via dos documentos subtraídos. Em caso de importunação sexual ou assédio denuncie", comenta o advogado criminalista, Antônio Gonçalves.