SUSPENSO

Confederação suspende registro de técnico suspeito de exploração sexual

CBV não informou se investigará uma suposta conivência da Federação Amazonense de Volei sobre o caso envolvendo técnico Walhederson Brandão Barbosa, 40 anos

Robson Adriano
online@acritica.com
14/11/2023 às 12:20.
Atualizado em 14/11/2023 às 14:39

(Foto: Reprodução)

A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) informou ao acritica.com nesta terça-feira (14) que suspendeu o registro do ténico de voleibol, Walhederson Brandão Barbosa, 40 anos, preso temporariamente suspeito de favorecimento à prostituição e exploração sexual contra alunos de 14 à 17 anos. Até o momento 12 vítimas já foram identificadas. 

“Diante das denúncias recebidas, a CBV determinou à Federação Amazonense de Voleibol (FAV) o afastamento imediato de Walhederson Brandão Barbosa das funções, além de suspender seu registro na entidade, não podendo ele atuar ou participar de nenhuma competição oficial de voleibol", diz o comunicado enviado à reportagem.

Durante coletiva de imprensa, a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), responsável pelas investigações, informou que existem indícios que a Federação Amazonense de Volei (FAV) sabia da prática criminosa, mas não levava o caso às autoridades policiais. 

A reportagem questionou se a CBV investigará a conduta da FAV, no entanto, não tivemos resposta. "A CBV reitera que repudia qualquer tipo de assédio, e trabalha de forma incessante por um ambiente pautado pela ética e pelo respeito, e livre de qualquer tipo de violência ou preconceito", finaliza o comunicado. 

FAV se pronuncia

A FAV, por meio de nota, assinada pelo presidente Walgren Tadeu Picanço, disse que se coloca à disposição dos órgãos competentes para qualquer esclarecimento. "A Federação Amazonense de Voleibol reafirma que não tolera qualquer tipo de assédio e que seus profissionais devem ter, além da competência que o cargo exige, compromisso com a conduta pessoal". 

Em resposta ao pedido da confederação, a FAV optou por suspender o técnico de volei de todas as atividades oficiais da federação, assim como também suspender o Registro Nacional de Treinador (RNT). O órgão federal negou que tinha ciência dos fatos criminosos praticados pelo ex-técnico de volei. 

"A Federação Amazonense de Voleibol em nenhum momento, em busca de qualquer atitude nociva de treinador, encontrou qualquer tipo de ocorrência que nos levasse ao conhecimento das atitudes repugnantes do envolvido", finalizou o comunicado da FAV.

Seletiva em colegio

Outro ponto levantado durante a explicação da autoridade policial, se deu em virtude do suspeito atuar no Colegio Brasileiro Pedro Silvestre, localizado na rua 10 de julho, no bairro Centro, zona Centro-Sul da cidade, lugar onde, segundo a delegada, realizava seletivas de volei.

A Secretaria de Educação e Desporto Escolar do Amazonas (Seduc-AM) informou que Walhederson Barbosa  "não integra o quadro de servidores da rede estadual de ensino". A pasta informou que a quadra da unidade escolar foi cedida para o suspeito realizar a seleção, mas não informou por quantos dias a peneira aconteceu.

"Por meio de um termo de voluntariado, (ele) desenvolveu uma seletiva de jogadores para integrar um time estudantil de vôlei masculinho e solicitou a cessão de uso da quadra do colégio para a prática das atividades, porém, em 2023, a atividade deixou de ser desenvolvida nas dependências da escola", informou a Seduc-AM
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