CBV não informou se investigará uma suposta conivência da Federação Amazonense de Volei sobre o caso envolvendo técnico Walhederson Brandão Barbosa, 40 anos
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A Confederação Brasileira de Voleibol (CBV) informou ao acritica.com nesta terça-feira (14) que suspendeu o registro do ténico de voleibol, Walhederson Brandão Barbosa, 40 anos, preso temporariamente suspeito de favorecimento à prostituição e exploração sexual contra alunos de 14 à 17 anos. Até o momento 12 vítimas já foram identificadas.
Durante coletiva de imprensa, a delegada Joyce Coelho, titular da Delegacia Especializada em Proteção à Criança e ao Adolescente (Depca), responsável pelas investigações, informou que existem indícios que a Federação Amazonense de Volei (FAV) sabia da prática criminosa, mas não levava o caso às autoridades policiais.
A reportagem questionou se a CBV investigará a conduta da FAV, no entanto, não tivemos resposta. "A CBV reitera que repudia qualquer tipo de assédio, e trabalha de forma incessante por um ambiente pautado pela ética e pelo respeito, e livre de qualquer tipo de violência ou preconceito", finaliza o comunicado.
FAV se pronuncia
A FAV, por meio de nota, assinada pelo presidente Walgren Tadeu Picanço, disse que se coloca à disposição dos órgãos competentes para qualquer esclarecimento. "A Federação Amazonense de Voleibol reafirma que não tolera qualquer tipo de assédio e que seus profissionais devem ter, além da competência que o cargo exige, compromisso com a conduta pessoal".
Em resposta ao pedido da confederação, a FAV optou por suspender o técnico de volei de todas as atividades oficiais da federação, assim como também suspender o Registro Nacional de Treinador (RNT). O órgão federal negou que tinha ciência dos fatos criminosos praticados pelo ex-técnico de volei.
Seletiva em colegio
Outro ponto levantado durante a explicação da autoridade policial, se deu em virtude do suspeito atuar no Colegio Brasileiro Pedro Silvestre, localizado na rua 10 de julho, no bairro Centro, zona Centro-Sul da cidade, lugar onde, segundo a delegada, realizava seletivas de volei.
A Secretaria de Educação e Desporto Escolar do Amazonas (Seduc-AM) informou que Walhederson Barbosa "não integra o quadro de servidores da rede estadual de ensino". A pasta informou que a quadra da unidade escolar foi cedida para o suspeito realizar a seleção, mas não informou por quantos dias a peneira aconteceu.