Caso Melquisedeque: preso confessa ser autor de disparo que matou jovem indígena
Janderson Cabral, 20, foi preso na tarde desta quinta-feira (17). Ele e comparsas cometeram latrocínio contra o jovem que voltava do trabalho, em Manaus
(Foto: Reprodução)
Janderson Cabral, 20, foi preso na tarde desta quinta-feira (17), por envolvimento no latrocínio (roubo seguido de morte) do jovem indígena Melquisedeque Santos Vale, 20, que ocorreu no dia 16 de dezembro de 2021, por volta das 20h, em um ônibus coletivo da linha 444, na avenida Santos Dumont, no bairro Tarumã, Zona Oeste de Manaus.
A prisão de Janderson foi realizada por policiais civis da Delegacia Especializada em Roubos, Furtos e Defraudações (DERFD) na rua Madre Tereza, no conjunto Carlos Braga, na Zona Norte de Manaus.
Em depoimento, Janderson afirmou que foi o autor do disparo que matou o jovem Melquisedeque no ônibus, de acordo com a polícia.
Mais prisões
Na quarta-feira (16), por volta das 9h, uma ação policial da DERFD também resultou na prisão de Lucas Lima, de 24 anos, por envolvimento no latrocínio de Melquisedeque.
De acordo com o delegado Adriano Félix, titular da DERFD, na ocasião do crime, Lucas e outros dois indivíduos – Janderson Cabral e outro conhecido apenas como “Pequeno”, entraram no coletivo no momento em que ele trafegava pela avenida Torquato Tapajós, zona norte, e forçaram o motorista a mudar a rota para a avenida Santos Dumont, no Tarumã.
“Eles anunciaram o roubo e recolheram os pertences dos passageiros. No momento da fuga, Janderson efetuou um disparo de arma de fogo que atingiu a cabeça de Melquisedeque. Ele não resistiu aos ferimentos e foi a óbito”, relatou o delegado.
Ainda de acordo com Félix, após o crime, as investigações iniciaram e foi descoberta a participação de Lucas. Sendo assim, foi solicitado à Justiça mandado de prisão preventiva em nome dele, e a ordem judicial foi expedida no dia 11 de março deste ano, pela Central de Inquéritos.
Os policiais civis da DERFD iniciaram uma operação em busca de Lucas e efetuaram sua prisão em uma via pública do bairro Cachoeirinha, Zona sul de Manaus.
Também durante depoimento, Lucas mencionou que Janderson foi quem efetuou o disparo que culminou na morte de Melquisedeque. Ele ainda mandou o motorista do ônibus parar imediatamente, porém o motorista continuou, momento em que ele apertou o gatilho da arma, mas ela não funcionou.
Lucas já tinha passagem pela polícia por porte ilegal de arma de fogo e latrocínio.
Lucas e Janderson responderão por latrocínio e serão encaminhados à Central de Recebimento e Triagem (CRT), onde ficarão à disposição do Poder Judiciário.