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Caso Fred: júri popular inocenta policiais por unanimidade

Os coronéis da reserva Polícia Militar Aroldo da Silva Ribeiro, Raimundo Rooselvet da Conceição de Almeida Neves e o ex-soldado Francisco Trindade Saraiva Pinheiro foram absolvidos do homicídio qualificado contra as vítimas Fred Fernandes da Silva, a sua esposa Maria da Conceição dos Santos da Silva e o filho Adônis dos Santos da Silva

Natasha Pinto
online@acritica.com
11/10/2022 às 20:34.
Atualizado em 11/10/2022 às 20:34

(Foto: Raphael Alves/TJAM)

Os coronéis da reserva Polícia Militar Aroldo da Silva Ribeiro, Raimundo Rooselvet da Conceição de Almeida Neves e o ex-soldado Francisco Trindade Saraiva Pinheiro foram absolvidos do homicídio qualificado, mediante pagamento ou promessa, contra as vítimas Fred Fernandes da Silva, a sua esposa Maria da Conceição dos Santos da Silva e o filho Adônis dos Santos da Silva, durante julgamento na noite desta terça-feira, no Fórum Ministro Enoch Reis, na zona Centro-Sul de Manaus.

De acordo com a decisão dada pela 2.ª Vara do Tribunal do Júri, presidido pelo juiz Eliezer Fernandes, o júri popular votou por unanimidade pela absolvição dos tres réus. O promotor de justiça Vivaldo Castro informou que o Ministério Público não irá recorrer da decisão. 

A defesa dos coronéis Aroldo e Roosevelt, o advogado e jurista Félix Valois, disse que o resultado era certo, pois desde o início não haviam provas que sustentassem a teoria da acusação.

"Eu vi em uma matéria que há vinte anos, eu já dizia que não havia prova consistente contra os acusados. Então a posição do Conselho de sentença foi totalmente coerente", acrescentou.

Para o também advogado de defesa dos dois coronéis, Josemar Berçout Júnior, nesta noite, foi evitado mais um caso de erro judicial no Amazonas e que nem deveria chegar ao plenário do Júri.

"A acusação estava fundamentada apenas em um depoimento de um PM que foi expulso da corporação, por múltiplos crimes. A pessoa do depoimento disse que estava no momento em que os réus tiveram a conversa, mas provamos que nem no Batalhão ele tava, se tornando impossível a narrativa fantasiosa dele. Hoje foi feita Justiça", concluiu.

A defesa do ex-policial T.Saraiva, representada pelo advogado Eguinaldo Moura, também comemorou a decisão. "O termo correto é que a defesa está aliada porque a Justiça foi feita hoje. Não haviam provas que sustentassem a narrativa do único depoimento que acusava os réus e provamos isso no plenário", finalizou.

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