O ex-personal da família Cardoso foi intimado a depor como testemunha do caso
(Foto: Daniel Brandão)
O ex-personal trainer da família Cardoso, Hatus Silveira, foi ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) na manhã desta terça-feira (4), para depor no caso Djidja. Ele alega que foi vítima dos familiares e que a empresária injetou ketamina em seu corpo sem o consentimento dele.
O advogado Mozarth Bessa falou com a imprensa no 1º DIP, localizado no bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus, minutos antes do cliente, Hatus Silveira, depor no âmbito da Operação Mandrágora, que investiga o uso de ketamina em uma suposta seita que induziria o consumo da droga.
O advogado da testemunha falou com a imprensa (Foto: Daniel Brandão)
O advogado declarou que, em janeiro deste ano, a substância foi injetada no personal sem o consentimento dele durante uma das visitas profissionais à casa dos Cardoso, no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus. A empresária Djidja Cardoso, cuja morte (dia 28 de maio) pode estar associada ao uso abusivo de ketamina, teria feito a aplicação.
“Enquanto ele conversava com um dos familiares, a falecida [Djidja Cardoso] veio por trás e aplicou utilizando uma agulha de insulina” disse o advogado Mozarth Bessa.
Depois deste episódio, Hatus teria encerrado as relações profissionais com a família Cardoso. O advogado alegou que o cliente não denunciou o caso porque “não quis prejudicar ninguém”.
Ainda segundo a defesa, o personal foi contratado por Ademar Cardoso e Bruno Roberto, irmão e ex-namorado de Djidja Cardoso, para resgatar o condicionamento físico de Audrey Schotti, ex-companheira de Ademar.
“Ela ficou bem debilitada, o Hatus foi chamado e se surpreendeu a pessoa naquele estado, de fralda e com aparência cadavérica” disse o advogado.
Mozarth disse que a presença de Hatus na delegacia é para ajudar a elucidar o caso. O personal seria testemunha de que havia uma seita que induzia os participantes ao uso da droga ketamina.
“Ele falou sobre a seita. Que em um desses encontros ele encontrou várias pessoas na casa [dos Cardoso] sentados em um sofá com o olhar fixo pra um telão onde passavam vídeos que eram diretrizes e normas dessa seita” explicou Mozarth Bessa.