Depoimento

Caso Djidja: testemunha diz que a empresária injetou ketamina em seu corpo à força

O ex-personal da família Cardoso foi intimado a depor como testemunha do caso

Lucas Motta
online@acritica.com
04/06/2024 às 12:09.
Atualizado em 04/06/2024 às 20:22

(Foto: Daniel Brandão)

O ex-personal trainer da família Cardoso, Hatus Silveira, foi ao 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) na manhã desta terça-feira (4), para depor no caso Djidja.  Ele alega que foi vítima dos familiares e que a empresária injetou ketamina em seu corpo sem o consentimento dele. 

O advogado Mozarth Bessa falou com a imprensa no 1º DIP, localizado no bairro Praça 14 de Janeiro, Zona Sul de Manaus, minutos antes do cliente, Hatus Silveira, depor no âmbito da Operação Mandrágora, que investiga o uso de ketamina em uma suposta seita que induziria o consumo da droga. 

O advogado da testemunha falou com a imprensa (Foto: Daniel Brandão)

 O advogado declarou que, em janeiro deste ano, a substância foi injetada no personal sem o consentimento dele durante uma das visitas profissionais à casa dos Cardoso, no bairro Cidade Nova, Zona Norte de Manaus. A empresária Djidja Cardoso, cuja morte (dia 28 de maio) pode estar associada ao uso abusivo de ketamina, teria feito a aplicação. 

“Enquanto ele conversava com um dos familiares, a falecida [Djidja Cardoso] veio por trás e aplicou utilizando uma agulha de insulina” disse o advogado Mozarth Bessa. 

Depois deste episódio, Hatus teria encerrado as relações profissionais com a família Cardoso. O advogado alegou que o cliente não denunciou o caso porque “não quis prejudicar ninguém”. 

Ainda segundo a defesa, o personal foi contratado por Ademar Cardoso e Bruno Roberto, irmão e ex-namorado de Djidja Cardoso, para resgatar o condicionamento físico de Audrey Schotti, ex-companheira de Ademar. 

“Ela ficou bem debilitada, o Hatus foi chamado e se surpreendeu a pessoa naquele estado, de fralda e com aparência cadavérica” disse o advogado. 

Mozarth disse que a presença de Hatus na delegacia é para ajudar a elucidar o caso. O personal seria testemunha de que havia uma seita que induzia os participantes ao uso da droga ketamina. 

“Ele falou sobre a seita. Que em um desses encontros ele encontrou várias pessoas na casa [dos Cardoso] sentados em um sofá com o olhar fixo pra um telão onde passavam vídeos que eram diretrizes e normas dessa seita” explicou Mozarth Bessa.

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