CRIME BÁRBARO

Caso Débora: criminosos usaram faca de pão para retirar bebê de 8 meses da barriga da vítima

O bebê, já morto, foi colocado dentro de um saco de estopa e jogado no rio Negro, no Porto do Ceasa, em Manaus

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10/08/2023 às 13:51.
Atualizado em 10/08/2023 às 14:53

Além de ter sido brutalmente assassinada, Débora da Silva Alves, 18, teve o bebê de 8 meses retirado da barriga pelos criminosos, entre eles o próprio pai, Gil Romero Machado, com uma faca de pão e, depois, jogado no rio Negro, no porto da Ceasa, em Manaus. A informação foi confirmada pelo delegado-geral Bruno Fraga, durante coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta quinta-feira (10).

"O autor [Gil Romero] foi interrogado pela Delegacia de Homicídios, tivemos conhecimento da dinâmica dessa barbaridade. Ele, com auxílio de seus comparsas, após ter tirado a vida de Débora, utilizou uma faca de cozinha para extrair o bebê da barriga da vítima, utilizou um saco de estopa para ocultar o bebê, colocando inclusive diversos pedaços de ferro dentro desse saco", detalhou o delagado-geral Bruno Fraga.

Segundo o delegado, após a extração, o bebê foi levado dentro do saco até o Porto do Ceasa, onde ele foi jogado. "Em seguida, ele foi até o Porto do Ceasa, pegou uma embarcação e jogou esse saco no meio do rio. Então a gente informa que infelizmente o bebê faleceu, mais um fato extremamente bárbaro envolvendo este caso", disse.

Conforme o titular da Delegacia Especializada em Homícidios e Sequestros (DEHS), delegado Ricardo Cunha, Gil Romero ainda teria ido trabalhar, após ter assassinado Débora. Segundo ele, somente após as 6h da manhã, Gil teria retornado para concluir o crime: levar o saco de estopa com o bebê dentro para ser jogado no rio Negro.

"Hoje estamos praticamente finalizando uma triste história. Uma moça de 18 anos que estava com um filho no seu ventre já de 8 meses, próximo do seu nascimento. Estamos todos muito cansados, tristes pela situação que aconteceu com essa moça, mas felizes pela elucidação do caso. O Gil Romero, de forma sorrateira, pegou esse saco de estopa, utilizou uma faca de pão para fazer a extração do bebê e, após esse crime bárbaro, voltou a trabalhar até às 6h da manhã. Só depois ele finalmente volta para 'se livrar' do saco com o bebê", destacou.

O crime

O corpo de Débora foi encontrado no último dia 3, no bairro Mauazinho, após cinco dias desaparecida. Familiares reconheceram o corpo mesmo após ter sido queimado, identificando detalhes como parte da roupa, brinco de argola e cabelo. 

Ela apresentava sinais de tortura e brutalidade. Além do corpo queimado, os peritos identificaram sinais de asfixia e evidências de que seus pés foram cortados. 

Após uma intensa busca, Gil Romero Machado, suspeito da morte de Débora, foi preso na cidade de Curuá, região Oeste do Pará, em uma operação conjunta das Polícias Civis do Amazonas e do Pará. José Nilson Azevedo da Silva, conhecido como "Nego", também foi detido por envolvimento no crime. A cidade de Curuá foi palco de uma investigação incansável, que resultou na prisão do suspeito e na revelação de uma história trágica e de horror.

Na manhã de hoje (10), uma terceira envolvida foi presa, desta vez a companheira de Gil, Ana Júlia Azevedo Ribeiro, 29 ano, também uspeita de envolvimento na morte da jovem Débora.

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