PRISÃO

Capitão da Polícia Militar alvo de operação do Gaeco se entrega em Boca do Acre

Francisco Bruno Furtado é apontado por investigação do Ministério Público como chefe de uma organização criminosa que atuava na cidade

Amariles Gama
online@acritica.com
15/11/2024 às 19:15.
Atualizado em 15/11/2024 às 19:15

Francisco Bruno Furtado, capitão da Polícia Militar de Boca do Acre investigado pelo Ministério Público (Foto: Reprodução)

O capitão da Polícia Militar Francisco Bruno Furtado, que estava foragido após ser considerado o principal alvo da 'Operação Joeira', se entregou à polícia nesta sexta-feira (15) no município de Boca do Acre (a 1.028 quilômetros de Manaus). A ação, deflagrada na última quarta-feira (13), tem como alvo uma associação criminosa composta por policiais militares, um policial civil e civis, todos investigados por diversos crimes cometidos no interior do Amazonas.

Na quarta-feira (13), após deflagrar a operação, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM), por meio do Grupo de Atuação Especial de Repressão ao Crime Organizado (Gaeco), cumpriu mandados de busca e apreensão, prisão e medidas assecuratórias de mais de R$ 1 milhão em Manaus e Boca do Acre.

Apontado pelo MPAM como o chefe da organização criminosa, o então comandante da Polícia Militar em Boca do Acre, capitão Furtado, foi considerado foragido. De todos os mandados expedidos na ocasião, apenas o dele não havia sido cumprido.

Nesta sexta-feira, Furtado se entregou à polícia e foi levado para o município de Humaitá (a 696 quilômetros de Manaus), onde será apresentado às autoridades responsáveis pela operação.

Operação Joeira

As investigações em torno da Operação Joeira revelaram a suposta prática de crimes como associação criminosa, furto qualificado, falsidade ideológica, peculato e corrupção passiva, que teriam sido cometidos por agentes públicos, que usavam de suas funções para obter vantagens ilícitas e desviar recursos públicos.

Além do capitão PM Francisco Bruno Furtado, outros membros do efetivo também foram denunciados. Segundo as apurações, os suspeitos utilizavam a estrutura pública para práticas criminosas, incluindo o recebimento de “rachadinhas”.

Durante a operação, que teve o apoio da Polícia Civil e da Polícia Militar, foram apreendidos mais de R$ 30 mil e diversos bens de luxo em um condomínio de alto padrão em Manaus. Além disso, o MPAM divulgou que houve apreensão de material com características de substância entorpecente.

Ainda segundo o MPAM, foi obtida também uma decisão concedendo medidas assecuratórias em valores que superam R$ 1.000.000 (um milhão de reais) visando à reparação aos lesados, dentre eles o Estado do Amazonas.

O Ministério Público afirmou que as investigações continuarão para assegurar que todos os investigados sejam devidamente responsabilizados e que os danos causados à sociedade sejam reparados.

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