'Barriga' e 'Diego Islâmico': presos eram líderes de facção no Amazonas, diz polícia

Silvio Andrade Costa, o “Barriga”, é o número um da facção Criminosa Comando Vermelho (CV) no Amazonas, de acordo com a polícia. Era ele quem presidia o conselho permanente da organização criminosa de onde partem todas  decisões tomadas pela organização a nível local. Diego Oliveira Hidalgo, o “Diego Islâmico” era integrante do conselho, conforme informou o delegado da Delegacia de Repressão a Entorpecente (DRE) da Polícia Federal Victor Mota.

Conforme o delegado, os dois foram presos nesta manhã no Rio de Janeiro, em uma favela no Morro do Fogueteiro na terceira fase da operação Nômade 3. A operação  tem como principal objetivo identificar e prender as principais lideranças do Comando Vermelho aqui do estado do Amazonas. 

”Na fase de hoje foram identificadas três lideranças. Duas delas presas e uma foragidas, uma delas o “Barriga”. É o líder do CV no Amazonas”, disse Mota. De acordo com o delegado, no histórico de guerra entre facções CV e Família do Norte (FDN) , algumas lideranças foram juradas de morte, saíram do Estado e passaram a comandar o crime no Amazonas do Rio de Janeiro. Diferente dos demais criminosos presos nas duas primeiras fases da operação Nômade, que moravam em mansões em áreas nobres da capital carioca, estes presos hoje moravam em apartamentos modestos, sem grande luxo. “Mas a agente sabe que eles tinham uma movimentação financeira bem grande”, contou o delegado.

O delegado destacou a importância do conselho permanente do CV, de onde emanam todas as decisões da facção como divisão de áreas, quem vai vender droga, quem vai dominar determina da região, quem vai morrer  e quem vai ser o que eles chamam de frente dentro do sistema. Este  é o responsável por passar as ordens do conselho permanente para os membros da facção que estão nos presídios.

“O nosso objetivo tirar de circulação são as lideranças, porque quando a gente prende uma pessoa que cometeu um homicídio, vem outra e o substitui, mas quando você derruba uma liderança demora tempo para aparecer outra”, disse o delegado.

Conforme o delegado, Gelson Carnaúba, que teve o julgamento adiado mais uma vez,  é tido como um líder não só no Amazonas, mas tem uma representatividade nacional. Passa pelo aval dele quem vai ser membro do conselho permanente e quem vai presidir o conselho. Carnaúba já liderou várias rebeliões no sistema penitenciário no Amazonas e atualmente está preso em presídio Federal.

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