INOCÊNCIA ROUBADA

Após confessar estupro, avô diz que neta recém-nascida "caiu" com a vagina em seu dedo

“Ele disse que foi um acidente, que ele colocou a bebê no colo e ela ia caindo e o seu dedo entrou na vagina dela”, relatou a delegada Kelly Souto. Dois médicos examinaram a criança e ambos atestaram que houve penetração peniana

Joana Queiroz
online@acritica.com
14/05/2024 às 15:03.
Atualizado em 14/05/2024 às 15:04

(Momento do desembarque em Manaus na noite de segunda-feira (13))

ALERTA DE CONTEÚDO SENSÍVEL - A reportagem abaixo contém relatos de estupro que podem agir como 'gatilhos' para algumas pessoas.

 No quinto dia de vida, ainda presa ao cordão umbilical, pesando um pouco menos de três quilos e ainda sem nome, uma recém-nascida foi estuprada pelo padrasto da sua mãe, um homem de 39 anos de idade.

De acordo com dois médicos que a examinaram, a criança teve a vulva dilacerada no ato criminoso. Por ainda ser bebê, ela não passará por cirurgia para recompor a sua vagina. Os médicos explicaram que a mucosa da vagina é, por ela ainda ser uma recém-nascida, o tecido vai se recompor normalmente à medida que ela for crescendo.

De acordo com a delegada da Polícia Civil do município de Tapauá, cidade onde ocorreu o crime, Kelly Souto, o estuprador está preso depois de ter confessado o crime.

“Ele disse que foi um acidente, que ele colocou a bebê no colo e ela ia caindo e o seu dedo entrou na vagina dela”, relatou a delegada.

Conforme Kelly Souto, a criança foi examinada por dois médicos e ambos atestaram que houve penetração peniana. O caso chocou a população do município.

A delegada Kelly Souto detalhou o crime em coletiva de imprensa realizada hoje (14) (Foto: Larissa Martins/A CRÍTICA)

O crime

Conforme a delegada, a bebê nasceu no dia 5 deste mês, em um parto cesáreo, e no dia seguinte ela e a mãe receberam alta e foram para casa; a família mora em um flutuante.

No quinto dia depois do nascimento, a avó pegou a criança, colocou-a sobre a sua cama e a deixou aos cuidados do marido enquanto foi tomar banho. Não demorou muito para a criança começar a chorar alto. O homem contou que ela estava chorando porque ele a pegou e ela escapou de cair.

No dia seguinte, quando a mãe foi trocar a fralda da filha, viu que ela estava sangrando muito. O pai do bebê e a avó a levaram ao hospital e então foi descoberto que ela tinha sido abusada.

Estuprador reincidente

De acordo com a delegada, as investigações iniciaram por volta das 11h da sexta-feira (10). “A primeira suspeita recaiu sobre o pai, que foi um dos primeiros a ser ouvido, seguido da avó. Fomos à casa da família ouvir a mãe e depois ouvimos o padrasto da mãe, que negou ser o autor”, contou a delegada.

A certeza de que o padrasto da mãe da criança era o estuprador veio depois da esposa informar que ele já tinha passagem pela polícia por ter estuprado uma adolescente de 16 anos.

“Ele já estava recolhido para investigação quando pedi para a esposa conversar com ele, já que a mesma diz ser evangélica, e pedir para ele contar a verdade. Não demorou muito, ouvi o choro dela e a mesma me falou que o monstro era mesmo o seu marido. Ele havia confessado”, relatou Kelly Souto.

Revolta

O mesmo teve a prisão preventiva decretada pela juíza do município e na noite de segunda-feira (13) veio para Manaus. A população revoltada ameaçava invadir a delegacia para fazer justiça com as próprias mãos.

A delegada destacou que foram seis horas de trabalho de investigação para chegar ao autor do estupro.

“Eu e a minha equipe trabalhamos duramente, subindo e descendo barrancos, andando de canoa para chegar à casa da família. Mas o resultado valeu a pena, pois tiramos um criminoso do convívio da sociedade”, destacou Kelly Couto
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