Caso Djidja

Ademar Cardoso injetou ketamina na namorada que estava internada em hospital, revela inquérito

Investigações iniciaram após diversas denúncias do pai de Audrey Schott, que compareceu em diversas unidades policiais para falar sobre a administração da substância alucinógena na filha

Thiago Monteiro
online@acritica.com
03/09/2024 às 19:27.
Atualizado em 03/09/2024 às 19:28

Ademar Cardoso é um dos investigados do Caso Djidja (Foto: Paulo Bindá)

O inquérito policial do "Caso Djidja" revela que Ademar Farias Cardoso Neto, um dos acusados da Seita "Pai, Mãe e Vida" administrou "Ketamina ou Special K" em sua ex-namorada, Audrey Schott nas dependências do Hospital Adriano Jorge, na Zona Sul de Manaus.

De acordo com o inquérito do 1° Distrito Integrado de Polícia (DIP), às investigações iniciaram após diversas denúncias do pai de Audrey Schott, que compareceu em diversas unidades policiais para falar sobre a administração da substância alucinógena na filha.

O pai da vítima, que foi testemunha no inquérito relatou como funcionava a seita aos policiais civis e foi crucial para o decorrer das investigações.

Em laudo médico do Hospital Adriano Jorge foi descrito que a Audrey após se encontrar com Ademar Neto ficou com as pupilas midriátricas, sudorese e agitação devido a administração da ketamina no banheiro da unidade de saúde.

Liberdade negada

No dia 23 de agosto, o juiz da 3ª Vara Especializada em Crimes de Uso e Tráfico de Entorpecentes da Comarca de Manaus, Celso Souza de Paula negou liberdade a Ademar Farias Cardoso Neto, que responde pelos crimes de tráfico de drogas, associação para o tráfico e estupro no 'Caso Djidja'. 

Na decisão, o magistrado explicou que “as demonstrações de prova de existência do crime (materialidade) e dos indícios de autoria e/ou participação estão devidamente preenchidas nesta persecução penal”. 

Prisões

Ademar, Cleusimar, Verônica, a maquiadora Claudiele Santos e o maquiador e cabeleireiro Marlisson Dantas foram presos por policiais civis do 1º Distrito Integrado de Polícia (DIP) preventivamente por tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, na primeira fase da Operação Mandrágora. A operação foi deflagrada dois dias depois da morte de Djidja Cardoso, ocorrida no dia 28 de maio deste ano.

Na segunda fase da operação, o ex-namorado de Djidja, o atleta Bruno Roberto da Silva, o coach e ex-treinador da família Cardoso, Hatus Silveira, o proprietário da clínica veterinária, José Máximo Silva de Oliveira, e mais dois funcionários do local, identificados como Emicley Araújo Freitas Júnior e Sávio Soares Pereira, foram presos, acusados de facilitar o fornecimento do medicamento a Cleusimar.

A reportagem de A Crítica entrou em contato com a defesa de Ademar Neto, porém, até o fechamento desta matéria a advogada do empresário não tinha respondido aos questionamentos.

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