Mãe Catirina e Pai Francisco celebram Auto do Boi valorizado e prometem uma apresentação 'invocada'
Ádria Barbosa e Fábio Modesto contam como foi a preparação para o espetáculo deste ano e falam sobre a nova era do Auto do Boi no Caprichoso
Ádria e Fábio momentos antes de entrarem na Arena do Bumbódromo (Daniel Brandão)
Adria Barbosa, 33 anos, e Fábio Modesto, 27, são Mãe Catirina e Pai Francisco do Boi Caprichoso. Nos bastidores, eles falaram a reportagem de A CRÍTICA sobre a expectativa para a primeira noite e revelaram como se preparam durante o dia para o grande momento.
“Esperem o Auto do Boi ‘invocado’ sempre presente na Arena”, disse Fábio Modesto, que está há cinco anos no cargo de Pai Francisco. Contudo, ele revela que, toda vez que pisa na Arena, parece que é a primeira vez .
Luta antirracista
A menos de uma semana para a grande apresentação desta sexta-feira (28), A CRÍTICA detalhou, em entrevista exclusiva, o simbolismo da luta antirracista que o Caprichoso incentiva com o Auto do Boi. Confira na reportagem de Robson Adriano clicando aqui.
Preparação
O Pai Francisco conta o que faz durante o dia, como ele se prepara antes de ir para a Arena. “Eu sempre tento acordar cedo pela manhã, tomo um café bem reforçado, porque a gente sabe que pode aparecer ensaio. Aí, no finzinho da tarde para a noite a gente da uma relaxada, descansa, faz uma oração, alguns banhos, algumas crendices. E vem com uma sensação maravilhosa. Aí é só entrar na Arena e fazer um ótimo trabalho”, declara.
Mãe Catirina
Pela manhã, como previu Fábio, houve o ensaio de coreografia. Ádria diz como foi e a importância desse momento. “Como são coreografias diferentes em cada noite, a gente teve ensaio hoje de manhã da coreografia com a Vaqueirada. Amanhã tem outro ensaio, e, na terceira noite tambem. E a tarde fiquei mais tranquila, descansei, dormi um pouco pra concentrar e colocar as energias para tudo dar certo”, observa ela, que se diz ansiosa para entrar na Arena.
“Muita ansiedade e muita responsabilidade também, porque nós temos interação com o Boi, com a Vaqueirada, com o Amo do Boi e com a Sinhazinha também não deixa de ter… E a gente tá feliz por isso, por essa valorização do Auto do Boi, por esses momentos que a gente ganha a vida ali, enquanto negros, na Arena, para contribuir com o espetáculo do Boi Caprichoso. Eu não tenho dúvidas que vai emocionar todos vocês”, finaliza.
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