Contra o patriarcado

Cunhã-poranga transmutada em jaguatirica

Marciele Albuquerque evolui ao som da toada 'Rito de Resistência Mulheres-Floresta'

Giovanna Marinho
giovanna@acritica.com
25/06/2022 às 21:56.
Atualizado em 25/06/2022 às 21:56

(Foto: Gilson Mello/Freelancer)

As mulheres que se rebelaram contra o patriarcado foram representadas pela cunhã-poranga, Marciele Albuquerque, que foi trazida para a arena do bumbódromo em um bloco inspirado no conto da tribo Waujá onde as mulheres cortam os cabelos em protesto e por sua bravura são transmutadas em jaguatiricas. 

O início do “Rito de Resistência Mulheres-Floresta” teve como trilha de fundo a toada “Pisa do Formigueiro” que foi entoado durante o ato das mulheres indígenas em Brasília. Marciele foi aclamada pela torcida azul e branca ao som de “Guardiãs”, em um momento emblemático, com o canto da levantadora Paula Gomes e Patrick Araújo.

A cunhã do boi Caprichoso reconhecida pelo ativismo indígena dançou ao ritmo de “Cunhã Tribal”. Em seguida o momento tribal se intensifica com a chegada dos tuxauas, seguido das tribos indígenas tomaram a arena ao tocar a clássica “Vale do Javari”. 

Angela Mendes e Dario Kopenawa prestam homenagem ao filho  e ativista David Kopenawa, além do indigenista Bruno Rodrigues   e ao jornalista Dom Phillips(Foto: Junio Matos)

 A toada tomou ainda mais força com o canto da galera azulada e com o grito do apresentador Edmundo Oran fazendo memória ao indigenista Bruno Rodrigues e o jornalista Dom Philips e, ainda a chegada de Angela Mendes e o Dario Kopenawa, filho do ativista David Kopenawa, segurando uma bandeira com as fotos de seus pais e dos assassinados no Vale do Javari.

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