Tribos coreografadas, pout-pourri de toadas para itens individuais e novas acrobacias evidenciaram que o “Boi de estrela na testa” está em busca do tricampeonato
O Boi Caprichoso ensaia no Curral Zeca Xibelão (Foto: Daniel Brandão)
Parintins - O Bloco B – Cênico Coreográfico - do Boi Caprichoso foi nesta quarta-feira (19) no curral Zeca Xibelão, bairro Centro, em Parintins (distante 369 quilômetros em linha reta de Manaus) o destaque do segundo ensaio técnico de arena.
Tribos coreografadas, pout-pourri de toadas para itens individuais e novas acrobacias evidenciaram que o “Boi de estrela na testa” está em busca do tricampeonato.
Cleise Simas, rainha do folclore (Foto: Daniel Brandão)
A noite começou com “Alô, alô, Caprichoso chegou”. O apresentador Edmundo Oran, no prólogo já explicou o que se trataria o ensaio: uma noite para enaltecer a própria formação do Boi. A toada Málúù Dúdú (Boi Negro em Iorubá) serviu de sonoridade para o item 10 – Boi Bumbá Evolução. Em seguida a toada “No Capricho da Remada” apresentada como Figura Típica Regional trouxe a porta-estandarte, Marcela Marialva.
“Foi maravilhoso. A nossa preparação está a mil e intensa. Estou feliz com mais um ensaio do nosso Boi Caprichoso. A gente vai entrando no pique. Essa energia e emoção de estar junto da galera, é muito importante. E muito bom”, disse Marcela no final do ensaio. “Me sinto privilegiada e honrada de comemorar o meu aniversário junto do boi Caprichoso e minha nação. E já vivendo esse clima de festival”, complementou a aniversariante da noite.
Itens ensaiam junto com as tribos (Foto: Daniel Brandão)
“O Boi do Urubuzal” como o momento galera reafirmou o compromisso da noite de ensaio: as origens do Boi Caprichoso. A sinhazinha da fazendo, Valentina Cid, usou uma releitura do vestida da própria mãe, a ex-sinhazinha Karina Cid, do ano de 1996. A mais bela da fazenda evoluiu com um pout-pourri de Rostinho de Anjo (1999), Incomparável Amor (2024) e Rosto Angelical (2017).
“Eu estou muito feliz com o resultado do nosso segundo ensaio no curral (Zeca Xibelão) e é contagiante ver a nação azul e branca. E está todo mundo esperando as três noites do festival que vem grandiosas”, disse Cid, que evoluiu junto do Boi Caprichoso, conduzido pelo tripa Alexandre Azevedo, sincronizados a tal ponto que em dado momento da coreografia pareciam ser únicos.
Após a apresentação dos tuxauas David Frazão, Jorge Fontenelle e Sandro Assayag, as tribos indígenas abriram espaço para a cunhã-poranga, Marciele Albuquerque, evoluir com o pout-pourri de Cunhã Tribal (2017), Guerreiras da Luta (2018) e Maria, a Deusa Tupinambá (2016), momento que levou os torcedores ao êxtase. “O tri é nosso. O tri é nosso. Foi incrível. Energia surreal da nossa galera. O Caprichoso é o melhor boi do mundo”, disse.
Evolução da cunhã-poranga, Marciele Albuquerque (Foto: Daniel Brandão)
Cleise Simas, rainha do folclore, surge no curral após a lenda indígena “Engeramento”. Ela também evoluiu com um pout-pourri de toadas: Deusa da Cultura Popular (2022), Filhos da Mundurukania (2012) e Amazônia nas cores do Brasil (2015). “Caprichoso como sempre perfeito. Finalizamos o nosso segundo ensaio técnico e desde ontem fazemos um espetáculo. Estamos prontos para enfrentar a arena”, disse a jovem.
Tribos
As tribos coreografadas foram outro momento impactante da noite de ensaio com originalidade e inovação nas toadas Yreruá – A Festa do Guerreiro (2023) e Mística Marubo. O pajé Erick Beltrão conduziu a dança de cura com a toada Nirvana Xamânico (2010).
(Foto: Daniel Brandão)
“Mais uma vez o Caprichoso surpreendendo e superior ao ensaio passado. Organizou tudo e graças a Deus tudo está 100% preparado para sermos tricampeão”, disse.