NOITE DE ESTREIA

Caprichoso encerra apresentação com Davi Kopenawa e "Mothokari, a fúria do Sol"

Com luzes de led, projeções no chão da arena, e bailarinos que desceram de rapel de alegorias, a apresentação encerrou com o ritual indígena como ápice da noite

Robson Adriano
online@acritica.com
28/06/2024 às 22:58.
Atualizado em 28/06/2024 às 23:20

Ápice da primeira noite do Boi Caprichoso, o ritual indígena com Mothokari vindo do Sol (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)

Parintins (AM) - Na primeira noite de apresentação no Bumbódromo de Parintins, nesta sexta-feira (28), o boi Caprichoso celebrou as raízes parintinenses e indígenas que formam a cultura popular, assim como o próprio bumbá. Com luzes de led, projeções no chão da arena, e bailarinos que desceram de rapel de alegorias, a apresentação encerrou com o ritual indígena “Mothokari, a fúria do sol” com participação do líder indígena, escritor e xamã, Davi Kopenawa Yanomami, 68 anos. 

O líder indígena, escritor e xamã, Davi Kopenawa Yanomami, 68 anos, foi homenageado na grande alegoria de Roberto Reis e sua equipe (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)

A cunhã-poranga Marciele Albuquerque na evolução para os jurados se transformou em serpente, após surgir da lenda indígena “A Dona da Noite”, assinada pelo artista Roberto Reis, 45 anos. A mulher mais bonita da aldeia foi erguida ainda dentro do módulo alegórico que representava boiuna. Em seguida as Morubixabas do boi Caprichoso, Ira Maraguá, Gilvana Borari, Jessica Maraguá, surgiram no momento tribal. 

A primeira alegoria do Boi Caprichoso surpreendeu ao se abrir ao meio, revelando partes subjacentes da Dona da Noite (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)

A cunhã poranga Marciele vira a Dona da Noite e se engera em serpente na alegoria de Roberto Reis (Fotos: Daniel Brandão/A CRÍTICA)

Na figura típica regional, "Mestres e Mestras da Cultura Popular Parintinense", na alegoria assinada por Adenilson Pimentel, 43 anos, e Paulo Pimentel, 43 anos, o boi prestou homenagens à Dona Siloca, Ednelza Cid, Zeca Xibelão, Chico da Silva Roque Cid, fundador e primeiro dono do Boi Caprichoso. A emoção tomou conta da arena no momento em que de dentro de um grande boi, surgiu Markinhos Azevedo, como tripa.

Ao centro da alegoria, surge o eterno Markinho Tripa do Boi Caprichoso (Foto: Daniel Brandão/A CRÍTICA)

O boi Caprichoso surgiu durante a figura típica regional para evoluir como Málùú Dúdú, o boi agbara. Angela Mendes, filha do seringueiro, sindicalista, ativista político Chico Mendes, entrou na arena para pedir que os povos lutem e protejam a floresta.

Em um momento tribal “Bicho Folharal” trouxe a rainha do folclore, Cleise Cimas, que montada em uma imensa iguana desceu da alegoria para evolui, com uma bela indumentária verde. 

Cleisi Simas, a rainha do folclore do Caprichoso (Foto: Daniel Brandão/A CRÍTICA)

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