Editorial

União indispensável pela Zona Franca de Manaus

Não só o governo do Estado, mas também dos estados da área de influência da Suframa e as prefeituras compreendidas nessa mesma área, serão diretamente afetadas pelo que o Senado decidir a respeito da reforma.

acritica.com
24/07/2024 às 08:08.
Atualizado em 24/07/2024 às 08:08

(Foto: Agência Senado)

O secretário de Estado da Fazenda, Alex Del Giglio, enfatizou o óbvio ao declarar, em reunião com empresários, que o Governo do Amazonas terá atuação mais ativa nas discussões a respeito da regulamentação da reforma tributária no Senado Federal. Ao explicar que o governo estadual não tomou maior papel nos debates na Câmara, o secretário esclareceu que a administração estadual não foi demandada e que a pauta pertence aos parlamentares.

De qualquer forma, nesta segunda etapa, o empenho do governo deve ser mais incisivo, juntando forças com as lideranças políticas e empresariais e lançando mão de toda influência política e técnica para assegurar que o texto final atenda os interesses do País, sem impactar negativamente a Zona Franca de Manaus.

Essa convergência de forças é indispensável, pois é fato que, assim como ocorreu na Câmara dos Deputados, haja forte pressão por todos os lados para emplacar alterações visando interesses específicos; e sabemos que, em Brasília, frequentemente argumentos técnicos são suprimidos por arranjos políticos. Isso ocorreu até mesmo dentro da bancada do Amazonas, onde há deputado que preferiu votar contra o próprio Estado.

Espera-se que tal divisão tenha ficado para trás, ainda mais ao longo da discussão no Senado Federal, que será decisiva. É evidente que os três senadores do Amazonas, mesmo considerando o fato de termos a relatoria da matéria, não têm força suficiente para assegurar as vantagens da Zona Franca de Manaus. Governo do Estado, Prefeitura de Manaus, políticos, empresários e sociedade como um todo devem unir forças com os representantes do Amazonas no Senado. 

Para isso, é fundamental que, a esta altura do debate, todos já tenham constatado que a reforma tributária não é pauta exclusiva de algum segmento específico: não interessa apenas ao empresariado, à classe política ou aos trabalhadores; é tema de interesse geral e essencial para o Amazonas. Não só o governo do Estado, mas também dos estados da área de influência da Suframa e as prefeituras compreendidas nessa mesma área, serão diretamente afetadas pelo que o Senado decidir a respeito da reforma.

Divergências políticas, ideológicas e religiosas devem ser postas de lado para que todos os esforços se concentrem no que de fato interessa.

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