Editorial

Supermercados em política ativa de reajustes de preços

Em Manaus, supermercados fazem promoção de sobras das festas de final de ano, alguns produtos têm um dia de validade e os valores cobrados sequer podem ser semelhantes a de promoções

acritica.com
21/01/2025 às 07:53.
Atualizado em 21/01/2025 às 07:53

(Foto: Agência Brasil)

O preço dos alimentos entrou em escala ascendente na maioria dos supermercados, setor responsável por 66% das compras feitas pelos brasileiros (dados de 2024) e consegue alcançar, em algumas cidades do país, porcentuais superiores a 70%. As explicações dadas por especialistas e setores do governo para o reajuste da maioria dos produtos alimentícios e de limpeza não esclarecem não atenuam a preocupação de milhares de famílias diante da dificuldade cada vez maior de adquirir produtos da cesta básica.

O tema pautado na reunião do presidente da República com os ministros, na manhã de ontem (20) confronta outros indicadores da economia que apontam para geração de mais postos de trabalhos, redução do número de pessoas em situação de fome, reajuste do salário mínimo e de bolsas de apoio a famílias carentes, bom desempenho da arrecadação de impostos entre outros. 

Em Manaus, supermercados fazem promoção de sobras das festas de final de ano, alguns produtos têm um dia de validade e os valores cobrados sequer podem ser  semelhantes a de promoções. É importante que os órgãos de fiscalização nessa área sejam orientados a agir para saber o que acontece de fato está acontecendo na política de preços dos produtos tantos dos alimentos quanto dos itens relacionados a higiene pessoal e doméstica. Sem ignorar o tipo de produto remetido à promoção semanal na maioria das redes de supermercados.

Na capital do Amazonas, grupos supermercadistas fazem investimentos em novas lojas e demonstram o vigor do setor. Se há espaço de expansão é porque a atividade não experimenta crise e sim  lucro. A contrapartida se aproxima de práticas de exploração da economia popular e, em determinados setores dentro dessa cadeia, de atos que ferem os direitos do consumidor. É como se os empresários do setor estivessem livres para atuar como bem entenderem.

As feiras e mercadinhos podem ser, se apoiadas legal e adequadamente, a alternativa para os brasileiros e, em particular, os amazonenses, na briga diária para conseguir comprar itens de primeira necessidade. Os governos em nível nacional, estadual e municipal estão diante da urgência em ampliar políticas de apoio  à agricultura familiar, às feiras em diferentes áreas das cidades, os mercadinhos e os mercados municipais. Um grande número de famílias, ora excluída por conta dos preços altos nos supermercados, terá nesses espaços chance de adquirir alimentos e outros produtos.

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