Editorial

Qualidade do ar ameaça a população

Para toda a população dos municípios atingidos pela fumaça, a situação envolve mais dificuldades e sobressaltos na manutenção de afazeres cotidianos

acritica.com
15/08/2024 às 07:48.
Atualizado em 15/08/2024 às 07:48

(Foto: Arquivo A CRÍTICA)

No dia 8 deste mês de agosto, o Fundo das Nações Unidades para a Infância (Unicef) divulgou alerta para municípios amazonenses sobre os riscos da fumaça à saúde humana. O posicionamento pedia cuidado quanto a necessidade de hidratação mais intensa principalmente nas populações infantil e de idosos.

Os cuidados podem evitar e ou amenizar o agravamento de problemas relacionados à dificuldade respiratória, doenças pulmonares e cardíacas. Um dos impactos na vida das crianças é a impossibilidade de brincar em ambientes abertos onde poderiam ter contato mais intenso com o ar classificado como insalubre pela plataforma que mede o Índice de Qualidade do Ar (AQI).  

Desde essa data até hoje, a intensidade da fumaça só aumentou em cidades como Manaus, Apuí, Novo Aripuanã e Lábrea. Agora, pesquisador da Fiocruz Amazônia, recomenda o uso de máscaras pelos moradores de Manaus a fim de evitar e ou minimizar os efeitos da fumaça, tais como tosse seca, irritação dos olhos e garganta, sensação de falta de ar, congestão nasal ou alergias na pele. 

Há uma semana, a capital do Amazonas padece com intensa fumaça e temperatura elevada. Ao mesmo tempo, os centros de atendimento médico são demandados em número mais expressivo e não dispõem de capacidade para atender tantas ocorrências relacionada às consequências do longo tempo de convivência o ar de qualidade crítica.
Na mesma direção do alerta emitido pelo Unicef, a Fiocruz recomenda que sejam evitadas atividades físicas, sejam de lazer, terapêuticas e de trabalho em ar livre. As pessoas sem alternativa para evitar por exemplo o trabalho em espaço público aberto devem ter muita atenção quanto às manifestações do corpo e, ao sentirem sintomas mais intensos, procurem apoio médico.

Para toda a população dos municípios atingidos pela fumaça, a situação envolve mais dificuldades e sobressaltos na manutenção de afazeres cotidianos. A parcela da população mais pobreza e, por consequência, impedida de acessar recursos que minimizem o efeito da fumaça, o quadro é mais grave desde no atendimento à recomendação de hidratação intensa, ingestão de alimentos mais leves e evitar maior tempo de contato com o ar em ambiente aberto.

Faz-se necessário intensificar a distribuição de água potável no  máximo de pontos públicos possíveis, difundir campanha em defesa da hidratação e de esclarecimento sobre o que a fumaça representa na vida das pessoas.

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