Editorial

O pós-G20 exige ativismo pela dignidade da vida dos povos

O Brasil, cujo governo está sob a presidência do G20, cumpriu bem a tarefa de organizar e abrigar a reunião dos líderes da governança global.

acritica.com
21/11/2024 às 08:14.
Atualizado em 21/11/2024 às 08:14

(Foto: AFP)

A reunião do G20 no Brasil encerra com posições importantes firmadas em documentos já em circulação pelo mundo. O exercício da diplomacia possibilitou ampliar gestos de apoio na finalização dos compromissos que chefes de Estado assumiram em meio as contradições e diferentes interesses que encontros dessa natureza abrigam.

Talvez, os documentos aprovados decepcionem determinados setores e segmentos que esperavam maior disposição do G20 diante da gravidade da crise do mundo. Estes alcançaram o que foi possível propor e assegurar e, se os governantes se dispuserem a fazer valer o escrito já será avanço significativo em meio ao cenário mundialmente destroçado e de países e nações submetidos a atrocidades das guerras e da pobreza.

O Brasil, cujo governo está sob a presidência do G20, cumpriu bem a tarefa de organizar  e abrigar a reunião dos líderes da governança global. Ofereceu inovações, como o G20 Social, e defendeu compromissos necessários – a reforma da Organização das Nações Unidas (ONU) – é uma delas, a outra a consolidação da Aliança Global contra a Fome e a Pobreza. Os esforços pela redução da emissão de gás carbônico por cada país, um dos temas mais delicados, permanece como desafio no trabalho de sensibilizar os governantes, principalmente aqueles que mais produzem poluição no Planeta. Trabalhar pela redução exige pensar em outras matrizes de desenvolvimento, o que até agora, para parcela dos países membros do G20 é tratado como desdém.

Uma das tarefas das tarefas do governo brasileiro e da sociedade brasileira, mobilizada pelo G20 Social, é disseminar os documentos aprovados, a fim de que cada comunidade, cada núcleo, cada cidade possam conhecer as propostas aprovadas, tomar posse delas e se tornar voz ativa na exigência de que os governos cumpram com o que assinaram. Enfim, é fazer desses documentos iniciativas vivas e vigorosas a partir de seus lugares de atuação constituindo amplo movimento de lembranças e de pressão.

O G20 precisa ser pressionado em ação contínua e cada vez mais em âmbito local/global para não remeter à gaveta do esquecimento os documentos que aprova. Não há tempo para recuos diante dos retrocessos dados e outros anunciados. A maior parte da população mundial vive em situação de abandono, milhares migram para tentar ter vida digna em outros países e muitos morrem pelo caminho; outros tantos estão submetidos a miséria enquanto alguns poucos nadam em fortunas monetárias.               
   
   

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