Um período e um tempo valiosos para apresentar aos eleitores e à sociedade o que oferecem como sugestões, neste caso, visando a melhoria da cidade.
(Foto:; Agência Brasil)
Em 3 de outubro, próxima quinta-feira, encerra o horário eleitoral gratuito. Iniciada no dia 30 de agosto, a propaganda eleitoral é o tempo para divulgar ações e propostas de campanha dos candidatos e partidos. Um período e um tempo valiosos para apresentar aos eleitores e à sociedade o que oferecem como sugestões, neste caso, visando a melhoria da cidade.
Os líderes dos partidos e candidatos oferecem pouco no que diz respeito as proposições. Elegeram dedicar maior parte dos programas eleitorais às acusações e aos ataques numa espécie de faroeste eletrônico. Pouco foi tratado sobre os municípios de forma mais consequente e responsável. Nesse período, muito se ouvir e viu de achincalhamentos enquanto cidades, como Manaus, pedem atenção e respeito.
As eleições municipais são o momento de fazer um balanço sobre o estado da cidade e o que se quer para a cidade. As campanhas eleitorais, mesmo contaminadas por vastos interesses, têm tarefas a cumprir e responsabilidades a responder em nível público e no jurídico. Para à sociedade e, em particular, aos eleitores, fazer do instrumento campanha eleitoral um mecanismo de guerra que ignora o limite do admissível é elevar o desrespeito considerado material explosivo para triunfar nesses espaços dos meios de comunicação e angariar votos.
As plataformas digitais foram apresentadas como ampliação dos espaços de circulação das ideias, de informações, enfim, cumpririam o exercício de democratizar espaços até então controlados por pequenos grupos econômicos e políticos. Sim há possibilidade de democratizar, mas esse é um aprendizado longo que precisa ser estimulado em amplos programas contínuos de formação para a defesa da democracia.
O horário eleitoral gratuito poderá ser diferente e não naturalizado como o momento de promover violência política de gênero, violência como proposta programática e submissão da cidade e da maioria dos seus habitantes a padrões críticos de vida. Em grau maior ou menor, o que se viu repassado no período eleitoral foram indicações de que o município pouco importa ou é o passaporte para outros contratos e outros arranjos que arrastam as cidades, em grande número, a uma situação de encolhimento de suas potencialidades criativas e de reconexão com a Natureza. Armar e balear são alguns dos verbos mais manifestados como sinalizações de promessas de administrar as cidades