Quarta Fit

Intolerante ao glúten? Dieta pode te ajudar!

Você é do time que não pode comer um pãozinho que já se sente inchado, zoado e com vontade de ir ao banheiro? A coluna te explica o motivo

Junio Matos
matos@acritica.com
15/05/2024 às 11:50.
Atualizado em 15/05/2024 às 11:50

Imagem Ilustrativa (Foto: Divulgação)

Você é do time que não pode comer um pãozinho que já se sente inchado, zoado e com vontade de ir ao banheiro? Aquela sensação de inchaço no abdômen que resulta até em falta de apetite pode significar sensibilidade ou até mesmo intolerância ao glúten.

Presente em diversos alimentos do dia-a-dia, o glúten é um tipo de proteína contida em alguns cereais, como o trigo, o centeio, o malte e a cevada. Na verdade, um conjunto delas. O glúten é a combinação de dois grupos de proteínas: a gliadina e a glutenina, encontradas dentro de grãos de trigo, cevada e centeio.

Alimentos e produtos como pães, bolos e cerveja contém glúten em sua composição. A sensibilidade a esta proteína é uma enfermidade e tem nome: doença celíaca.

A doença celíaca é uma doença autoimune, que se manifesta por meio do contato da gliadina, proteína presente em cereais com as células do intestino delgado, levando a resposta imune com a produção de anticorpos.

Existe uma predisposição genética, sendo considerado mais propensos aqueles que têm parentes de primeiro e segundo graus com a doença. Ela também pode se desenvolver durante a vida adulta, a depender dos hábitos alimentares.

Nesta quinta-feira (16) é comemorado o dia da conscientização sobre a doença celíaca e a Quarta Fit te mostra como identificar a doença e o que evitar para não passar mal.

Já vimos que a doença celíaca é uma doença autoimune e esta resposta imunológica exacerbada do organismo acaba por atrofiar e achatar as vilosidades do intestino delgado, reduzindo dessa forma, a área disponível para a absorção de nutrientes e permitindo que as partículas dessa molécula escapem para a corrente sanguínea. No entanto, ocorre que para o sistema imunológico, a gliadina, que compõe o glúten, é lida como um “corpo estranho”, gerando uma resposta inflamatória. 

Alguns dos sintomas mais comuns da intolerância ao glúten são: problemas gastrointestinais, como diarreia ou prisão de ventre, distensão abdominal, gases, dores de estômago e sensação de estufamento; dores de cabeça frequentes; dores musculares e nas articulações; dermatite, alergias e coceiras na pele; fraqueza e tontura; irritabilidade; diminuição do apetite e anemia. 

Vale ressaltar que o diagnóstico da doença celíaca é feito por meio de exame sorológico, medindo níveis séricos de IgA (imunoglobulina A). Entretanto, já existem estudos comprovando que há casos em que não há alteração desta proteína e a comprovação do diagnóstico pode ser feita por achados histológicos da mucosa duodenal e positividade para alelos: HLA-DQ2 e/ou HLA-DQ8 marcadores do antígeno presente nas células intestinais. Tudo meio confuso, né? Mas, basicamente, procure um médico para examinar você.

Dra. Jhenevieve Cruvinel, nutricionista clínica e mentora de vida saudável (Foto: Divulgação)

Ok, descobri que sou celíaco. E agora?

Como tudo o que se refere à boa saúde, a alimentação é a chave para o tratamento da doença celíaca, logo, após o diagnóstico, a busca por um profissional da nutrição é indispensável para você, como afirma a nutricionista Jhenevieve Cruvinel.

“Para uma estratégia eficiente é necessário que o profissional nutricionista trace uma estratégia de transição alimentar, que irá avaliar individualmente outras complicações de saúde, doenças crônicas, hábitos de vida, antropometria e também todos os sintomas que este paciente apresenta”, adverte a nutricionista clínica e mentora de vida saudável.

Também é importante lembrar que, como o glúten está presente em todos os alimentos produzidos com o uso de farinha de trigo, cevada, malte e centeio, ler o rótulo dos produtos do mercado é fundamental na hora de comprar, pois diversos outros produtos podem conter traços dessa proteína em seu preparo.

Para o tratamento da doença, a terapia durante a transição alimentar inclui o aumento do consumo de alimentos que são benéficos à saúde intestinal, ricos em fibras e antioxidantes naturais, isto é, alimentar-se o mais natural possível, evitando-se carnes vermelhas, produtos ultraprocessados, refrigerantes e bebidas alcoólicas.

Alguns alimentos que fazem maravilhas para a saúde intestinal são: lentilha, grão de bico, couve, brócolis, chicória, alface, rúcula, chicória, abóbora, berinjela, batata doce, banana, laranja, ameixa preta, manga, mamão, abacate e nenhum deles contém glúten. Com informações da assessoria.

Então, frangolino, ficou pensativo e acha que é celíaco? Calma, você precisa do diagnóstico médico antes. Não inventa de remover o glúten totalmente da sua dieta sem antes passar por um profissional da nutrição. Ainda segundo a nutricionista, “o cuidado com a saúde intestinal é fundamental para nossa saúde física, bem-estar, produção de serotonina e bom humor. Para se ter uma vida leve e equilibrada, com o acompanhamento correto é possível manter uma alimentação gostosa, sem complicação, incluindo os pratos de preferência em novas formatações em receitas que troquem os ingredientes com glúten por opções mais saudáveis”, finalizou a Dra. Jhenevieve Cruvinel.

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