No Amazonas, a estiagem que afeta de forma direta quatro municípios, avança sobre outras 15 cidades e, indiretamente, impacta todo o Amazonas
(Foto: Agência Brasil)
A Associação Amazonense dos Municípios (AAM) chega aos 45 anos com indicadores fortes da necessidade de as cidades ampliarem a participação em todos os processos da tomada de decisão governamental. E, ao mesmo tempo, se estruturarem com recursos tecnológicos e humanos para trabalhar a pauta do municipalismo, cada vez mais reivindicada e estratégica nos planos da gestão pública.
No Amazonas, a estiagem que afeta de forma direta quatro municípios, avança sobre outras 15 cidades e, indiretamente, impacta todo o Amazonas, é um desses temas cuja tomada de decisão não pode ser quando o problema já está instalado. Estudos científicos proporcionam atualmente acessar informações com antecedência e organizar ações preventivas e ou de minimização da repercussão da estiagem, da cheia, da enchente, da vazante, da seca.
Se há tradicional morosidade na tomada de decisão pelos governantes, por parte das organizações criadas para defender os municípios, acompanhar atentamente os atos ou a falta deles e seus efeitos na vida das cidades, o caminho mais exigido é o de antecipar, e apresentar os cenários e de ir em busca de parcerias que garantam uma melhor forma de lidar com tal situação.
Alguns dados oficiais, mostram que a seca no Amazonas seria agravada e muitos municípios poderiam ser profundamente atingidos. A reunião para definir ações voltadas para a estiagem deste ano, de acordo com a AAM, ocorreu no dia 12 deste mês. Nessa mesma data, Estado decretava emergência ambiental. Como órgãos governamentais estão trabalhando para usufruir das pesquisas científicas, feitas por universidades e institutos, com base de dados a serviço da governança, da governabilidade e do respeito à prestação de contas (accountability)?
Quando os entres federativos e, nesse caso, os municípios são encaixotados, os problemas que a maioria das cidades vive tendem a se agravar por uma cultura de subalternidade exercidas por estruturas de poder que ainda se colocam na condição de “proprietários” dos destinos dos municípios. A soma dessa ação, no geral, é promotora de prejuízos e de uma política de sujeição de prefeitos, vereadores e das populações dos lugares.
Superar esse estágio no relacionamento é um dos trabalhos a ser desenvolvido que tem na AAM o espaço para abrigar experiências avançadas do municipalismo e que nelas brotem bons serviços aos cidadãos dos municípios.