Editorial

Ano letivo e a chave de mudar condutas

Neste início de ano letivo, é mais uma chance para pensar e agir a fim de o acontecimento da arte de estudar, aprender, transformar para melhor compreensão do que autonomia e liberdade na construção da cidadania e do ser cidadão siga em frente

acritica.com
04/02/2025 às 07:51.
Atualizado em 04/02/2025 às 07:51

(Foto: Agência Brasil)

A volta às aulas inaugura o ano letivo e um novo momento no aprendizado de estudantes e professores. Não deveria ser percebido, como o é, em mais uma rotina do trabalho. É um acontecimento e pode ser celebrado noutra direção, a da festa do conhecer, do experimentar, do socializar, das descobertas tanto aos estudantes quanto aos professores todos aprendentes.

A conformização do modelo educacional no mundo e de maneira particular no Brasil, determinada pelo mercado da educação, modificou os princípios da festa de um novo período letivo, estreitou portas e submeteu a maioria da categoria de professores ao esgotamento e uma série de adoecimentos diante da jornada de trabalho e muitos desafios no chão da escola e da sala de aula.

Os estudantes iniciantes chegam entre os medos e a alegria. Inauguram etapas de vida onde, para parte desses estudantes, é o de experimentar ficar longe dos pais ou dos seus responsáveis  por mais horas, de lidar com outros desconhecimentos, receptivos ou não, enfim passam a viver um mundo novo. Nas escolas irão lidar com outros problemas, o racismo, a diferença de classe social, as ameaças, a violência, o aprender a escrever, a ler, a participar; os veteranos encontrar-se-ão com amigos, professores que os conhecem e novos desafios da aprendizagem dos níveis seguintes.

Professores são humanos e a cada novo ciclo igualmente vivem os desafios do que irão encontrar, com qual realidade deverão lidar tanto por parte do perfil de estudante de cada sala quanto do espírito reinante na escola. Muitos dos que estão em cargos de direção dessas unidades tornaram-se sujeitos passivos, aceitam, em nome de um bônus, submeter-se às práticas de coerção de governadores e prefeitos e suas ingerências, algumas delas desastrosas, no ambiente educacional.

Neste início de ano letivo, é mais uma chance para pensar e agir a fim de o acontecimento da arte de estudar, aprender, transformar para melhor compreensão do que autonomia e liberdade na construção da cidadania e do ser cidadão siga em frente. Professores têm responsabilidade nesse processo, de igual maneira os diretores de escolas, os pais e responsáveis pelos estudantes. São todos parte da comunidade que poderá, se tiver vontade, superar os adoecimentos e retrocessos a que está submetida. A educação existe para tornar as pessoas melhores e, assim, melhorar o mundo.  

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