Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Brasil terminou junho com saldo positivo de mais de 200 mil novos empregos com carteira assinada, número quase 30% maior que no mesmo mês do ano passado
(Foto: Agência Brasil)
Em meio a notícias ruins como a rápida queda nos níveis dos rios, iminência de alta nos juros, inflação ainda em alta e ameaças à democracia na Venezuela – o que impacta, inclusive na Zona Franca de Manaus -, o expressivo aumento no índice de empregos é um resultado a ser muito comemorado, além dos resultados positivos dos atletas brasileiros nas Olimpíadas de Paris.
Segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados, o Brasil terminou junho com saldo positivo de mais de 200 mil novos empregos com carteira assinada, número quase 30% maior que no mesmo mês do ano passado. Serviços, comércio e indústria foram os destaques na abertura de novos postos de trabalho, o que indica recuperação da atividade econômica.
No Amazonas, o saldo foi superior a cinco mil novos empregos em junho, com o maior destaque exatamente na indústria da Zona Franca, ainda o principal motor da economia do Estado. As empresas incentivadas apresentaram saldo de 1,8 mil novos empregos formais, seguidas pelo setor de serviços, onde o saldo positivo foi de 1,3 mil. Até mesmo os mais pessimistas terão que admitir que o mercado de trabalho apresenta melhora.
Mesmo porque, no acumulado do ano, o Amazonas já criou quase 20 mil novos postos de trabalho com carteira assinada. Esse resultado mostra que, apesar de todas as incertezas diante do acirramento das tensões internacionais, da pressão inflacionária e da ameaça dos juros, a economia segue avançando: mais pessoas trabalhando significam aposta no faturamento, são mais pessoas com renda para consumir e elevar o nível de vida.
Por outro lado, é certo que a forte estiagem que já se manifesta nas calhas da bacia amazônica impactará seriamente nos resultados dos próximos meses da indústria amazonense. Vamos esperar que as medidas de mitigação anunciadas pelo governo do Estado em parceria com o governo federal sejam suficientes para amenizar as consequências da perda de navegabilidade.
Outro fator que pode influenciar negativamente o desempenho da indústria, inclusive na geração de empregos, é a clara ameaça à democracia que se vê na Venezuela. O País, apesar da crise que enfrenta há vários anos, é importante parceiro comercial do Brasil. Uma convulsão social como a que ameaça ocorrer por lá, terá reflexos por aqui.