EDITORIAL

A sociedade local pode ter outra atitude

As cenas do fogo no Pantanal, da estiagem no Amazonas, da fumaça andando veloz, sem fronteira e compartilhando todos os efeitos dela na vida das pessoas, dos demais animais e da cidade

Editorial
Jornal A Crítica
27/06/2024 às 11:24.
Atualizado em 27/06/2024 às 11:24

As cenas do fogo no Pantanal, da estiagem no Amazonas, da fumaça andando veloz, sem fronteira e compartilhando todos os efeitos dela na vida das pessoas, dos demais animais e da cidade. A realidade é repetição com níveis acentuados e alertas mais preocupantes por parte dos pesquisadores.

O cenário brasileiro pede ação local e expandida capaz de sensibilizar principalmente   a população que por meio de seus coletivos pode exercer pressão  para a tomada mais ágil de enfrentamento ao problema criado. Quanto a determinados grupos de empresários o trabalho deve ser em cima da legislação, da vigilância sistemática e da não pactuação com tais condutas.

No Pantanal, o clima seco antecipado não conseguiu impedir que fossem provocados incêndios, o que mostra uma posição dos autores e mandantes desses crimes de descaso com as consequências dessas atitudes. O que está explicitado é a distância de camadas da população, de setores governamentais nos três níveis e do meio empresarial que mantêm em relação ao meio ambiente, minimizando efeitos provenientes desses atos.

O que é preciso acontecer para outra leitura dessa relação ganhar espaço e assegurar a implementação de medidas que signifiquem assumir responsabilidade, cuidar e agir para conter os incêndios, ampliar refúgios a humanos e os não humanos a fim de aumentar o espaço pela vida e pela redução de danos.

O local e o nacional estão diante da urgência em estabelecer redes de alerta e de apoio capazes de mobilizar às iniciativas de vigilância ao fogo e de meios para lidar com situação como a que hoje assistimos nos noticiários. O drama agora na versão fogo e estiagem está posto e faz vítimas sem que a tragédia no Rio Grande do Sul tenha sido saneada no que for possível sanear.

Os eventos climáticos extremos parecem servir de estepe, no Brasil, para manter as condutas criminosas de determinados segmentos do empresariado. É para esse setor que o controle deve ser aprimorado, pois, são negócios marcados pela tradição da depredação e do lucro a qualquer preço. São parte de um núcleo empresarial atrasado que não considera estabelecer outra relação com a natureza que não seja a de tentar domá-la e exaurir os bens nela existentes. Estabelecem influências de ordem econômico-político e religiosa para seguirem agindo. É um dos comportamentos que exige ser parado.

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