O Amazonas é um dos três estados com as piores condições de moradia e de déficit habitacional
(Foto: Agência Brasil)
A classificação do Amazonas entre s três primeiros estados com as piores condições de moradia e de déficit habitacional escancara a realidade há muito denunciada por coletivos e movimentos de defesa do acesso à moradia digna.
Os dados, divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), possibilitam constituir o cenário em que o Amazonas está sendo remetido. Em Manaus, são 29.102 pessoas morando em condições precárias e de risco permanente e mais de 40 mil pagam aluguel, deseja que engole 38.9% da renda familiar.
Por item, o estudo do IBGE se constitui em alerta nacional e localizado quanto o retrocesso nas condições de habitação. No Amazonas, um dos estados para onde estão sendo canalizados grades projetos e, com eles, os indicadores de melhores que essa ações carregariam não conseguem responder favoravelmente quanto às demandas de melhoria de vida de maior parcela da população.
Os números da pesquisa mostram que a pobreza se aprofundou no Estado e reclama ações em curto, médio e longo prazos com tenacidade. É tratar com responsabilidade o que está sendo exposto ou aceitar agravar um quadro que incentivará mais conflitos, mais violência e morte em território amazonense.
Ao mesmo tempo evidencia-se o progressivo abandono das políticas públicas no Amazonas. A sensação de paralisia da ação governamental também é aprofundada diante de um silêncio praticamente geral das instâncias de poder executivo, judiciário e do legislativo e das próprias instituições, incluindo a de setores do empresariado. Restam as vozes das mobilizações do movimento popular cujo efeitos são abafados por outros setores de sustentação da atual realidade.
Um estado que aprofunda a pobreza é estratégico para quais setores? Quem se beneficia com esse tipo de situação? Os negócios ilegais na região. São esses empreendimentos fugidios e que potencializa a captura de jovens, dos adolescentes e de mulheres dos lugares mais pobres para “trabalhar” em várias frentes dos diversos negócios criminosos com base em diferentes regiões do Brasil.
Outros estudos, apresentados em congressos, nas universidades, institutos, chamam atenção para a complexidade da teia de empreendimentos de grupos narcotraficantes em atuação na Amazônia e na Panamazônia. Esses são os negócios que estão proliferando e, a milhares de amazônidas, torna-se a única porta aberta na obtenção de alimentos e de algum rendimento financeiro.