À espera da creche virar realidade
Que no ano de 2025 o assunto creche seja colocado pela administração municipal como prioridade e siga sendo implantado em tempo hábil e com indicadores de boa qualidade.
(Foto: Agência Brasil)
A proximidade do final de ano e das matriculares escolares no novo gera agonia a pais de estudantes em idade de creche. A maioria desses responsáveis é de mulheres pobres que anualmente é submetida a diferentes situações para conseguir manter a jornada de trabalho e assegurar algum nível de assistência as crianças.
Manaus padece com a falta de vagas em creches há mais de 40 anos. O assunto passou a ser um dos destaques na recente campanha eleitoral, abordado por todos os candidatos no primeiro turno e, no segundo, enfatizados por Davi Almeida, reeleito, e o deputado-candidato Alberto Neto.
Passado o evento eleição, é importante recolocar o assunto creche pública em evidência para que não volte a ser guardado na gaveta das propostas apresentadas durante a campanha e abandonadas no dia seguinte. Caberá principalmente às mulheres o trabalho de fazer memória desse compromisso assumido pelo prefeito, pois, são elas a mais punidas com a falta de creche.
Algumas dessas mulheres responsáveis por crianças, como mães, tias, avós, madrinhas, sofrem com denúncias de abandono de incapaz e ou porque de fato sentem-se transtornadas em sair para trabalhar e não ter com quem deixar essas crianças ou deixar com uma criança mais velha.
A creche pode retirar milhares de mulheres de Manaus de uma condição de dificuldade e de adoecimento, ajudará na redução de instabilidade a que são submetidas essas mulheres e produzirá melhoria no orçamento doméstico. São positivos os efeitos de uma política pública de cuidados das crianças onde a existência de creches representa um dos seus aspectos principais.
A capital amazonense tem nas mulheres a maioria da população e uma expressiva parcela de crianças e adolescentes que necessita de atenção integral. O segmento detentor de poder econômico dispõe de bons equipamentos para atender adequadamente suas crianças, é exatamente na fatia mais carente, a maior da sociedade local, que não se constata o resultado das políticas públicas de proteção às mulheres, às mães, às crianças. São submetidas a determinadas práticas administrativas que sequer deveriam ser utilizadas, como o foi com o sorteio de vagas para as creches.
Que no ano de 2025 o assunto creche seja colocado pela administração municipal como prioridade e siga sendo implantado em tempo hábil e com indicadores de boa qualidade.