No ato de posse, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), destacou a disposição de dialogar com os vereadores da Câmara Municipal composta por 41 vereadores
O diálogo é exercício difícil, só se realiza se as partes se dispuserem ao gesto de escuta e de abrir mão das verdades absolutas. É instrumento pedagógico, político e cultural por meio do qual constroem-se saídas. No ato de posse, o prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), destacou a disposição de dialogar com os vereadores da Câmara Municipal composta por 41 vereadores.
A mais populosa dos estados da Região Norte e a sétima em nível nacional, com 2.063.547 (IBGE), Manaus impõe desafios e responsabilidade. Posicionar a cidade em base estável nas áreas mais críticas e realizar projetos que reduzam o grau de dependência existente em relação à pauta industrial.
O diálogo se coloca como um dos meios de administrar e, negá-lo, é insistir em condutas que se aproximam do autoritarismo ou o reafirmam. Que o prefeito possa fazer valer a disposição anunciada como uma das contribuições do segundo mandato a fim de movimentar Manaus para a promoção do bom desenvolvimento no que implica retirar da miséria milhares de famílias, estabelecer o cumprimento das normas quanto ao uso de áreas de riscos, de proteção ambiental, soterramento de igarapés e de superação das moradias inadequadas.
Ao mesmo tempo promover programas de valorização das juventudes, na geração de postos de trabalho decentes e em iniciativas que demonstrem a determinação de enfrentar a cultura de violência plantada na cidade e que todo dia se expressa n feminicídio, nas agressões físicas e no estupro de mulheres, da comunidade LGBTQIAPN+, aos povos indígenas.
A cidade-estado, saqueada a todo tempo, poderá por meio do diálogo organizar outras frentes criativas e inovadoras para se tornar um lugar bom de viver, estruturada à população idosa e PcDs, com alianças a outras cidades com bons indicadores nessas áreas. Os dados apresentados por uma série de estudos científicos e de monitoramento socioeconômico situam Manaus com os piores indicadores nessa área. A maioria das escolas não possui acessibilidade e o número de creches públicas permanece muito abaixo da necessidade, mobilidade urbana precarizada.
O orçamento deste ano está estimado em R$ 10,5 bilhões, aproximadamente R$ 1,5 bilhão a mais em relação ao do ano passado. Estudiosos alertam que o item finanças municipais precisa ser tratado com transparência e seriedade para não ser remetido ao reducionismo e a não compreensão do risco de banalizar o assunto.