Segundo o governador, os atendimentos no Hospital 28 de Agosto e Instituto da Mulher Dona Lindu seguem acontecendo normalmente. Ele afirmou que novas contratações estão sendo realizadas
Declaração de Wilson Lima acontece após recentes denúncias de que a oferta de leitos poderia ser reduzida em até um terço com a entrada da Organização Social Agir na gestão do 28 de Agosto (Foto: Junio Matos/A CRÍTICA)
O governador do Amazonas, Wilson Lima, afirmou que os atendimentos no Complexo Hospitalar Sul (CHS) - composto pelo Hospital e Pronto-Socorro (HPS) 28 de Agosto e pelo Instituto da Mulher Dona Lindu - seguem acontecendo normalmente.
A declaração veio nesta terça-feira (17) após as recentes denúncias de médicos de empresas que prestam serviços de ortopedia e cirurgia no HPS 28 de Agosto, afirmando que a oferta de leitos poderá ser reduzida em até um terço com a entrada da Organização Social Agir na gestão do estabelecimento.
O governador informou que já estão sendo contratados novos funcionários para atender nessas unidades de saúde.
Wilson Lima explicou também que o complexo está adotando um novo sistema de administração que visa reduzir o número de pacientes que estão no aguardo de atendimento cirúrgico.
"O que estamos fazendo é implantando um novo sistema de administração na rede. Inclusive, contratamos recentemente um aplicativo em parceria com o Google para fazer a limpeza da fila. Estamos saindo do sistema de regulação do Sisreg para otimizar esse atendimento. O que estamos fazendo no complexo é a otimização de gastos e aumento de produtividade. Esta semana, por exemplo, já não haverá mais ninguém no corredor do 28 de Agosto. É inadmissível que um paciente que chegue lá acidentado, seja com um braço, perna ou mão fraturada, fique 20 a 45 dias no antibiótico esperando atendimento cirúrgico", pontuou Lima.
O governador ressaltou que a meta determinada pela empresa que presta serviços ao complexo é de que o paciente seja operado em até 24 horas. A determinação é que este objetivo seja alcançado em até 30 dias.
Em relação ao atraso de pagamentos dos colaboradores que prestam serviços ao hospital, Wilson Lima disse que o governo está em busca de solucionar esse problema.
"Só para vocês terem uma ideia, o 28 de Agosto e o Dona Lindu custam ao Estado R$ 43 milhões por mês. Hoje, esse valor passa a ser R$ 33 milhões por mês. Nós estamos resolvendo um problema histórico, que não é de agora. Desde que eu assumi o governo, há um problema de falta de pagamento no 28 de Agosto e no Dona Lindu. Desde o início de dezembro, quem presta serviços para o 28 de Agosto recebe no prazo de 30 dias. Alguns fornecedores, inclusive, já receberam adiantado. Quem fornece insumos e medicamentos, pelo menos R$ 6 milhões já foram pagos adiantados para essas empresas. Tudo isso está no portal da empresa: quais empresas foram contratadas, quais fornecedores já receberam, quais tipos de serviços foram prestados", detalhou Lima.
Na denúncia, os médicos relataram também que o governo do Amazonas está trazendo médicos de outros estados, como Goiás, para prestar serviços no Amazonas. Em resposta a isso, Wilson Lima afirmou que a prioridade é para os médicos do Amazonas. Entretanto, esses médicos devem cumprir as exigências adotadas pelo sistema de atendimento das unidades de saúde.
"Não quero que tragam ninguém de fora. A preferência é para o médico que está aqui. Agora, se o médico não quiser entrar no novo sistema da empresa, se não quiser atender às exigências da empresa de cumprir plantão, ter hora para entrar e ter hora para sair, aí, paciência. Foi essa determinação que eu dei. Até agora, já foram contratados médicos nas especialidades de urologia, gastroenterologia, nefrologia, anestesia, cirurgia torácica e imagem. Há negociação para outras duas empresas serem contratadas. Estou acompanhando de perto essa situação, nossa secretaria está acompanhando. Não há interrupção dos serviços, os serviços continuam acontecendo. Daqui a 30 dias, teremos resultados positivos", concluiu Lima.