Filósofo manauara fala sobre o passado e as transformações da capital amazonense
'A cidade ainda não era tão violenta como hoje em dia e havia bem mais programação cultural no centro da cidade, não apenas de músicas, mas também de teatro e artes plásticas. Aproveitei muito esse período' - Wendel Holanda, filósofo (Foto: Arquivo Pessoal)
Nome: Wendel Holanda
Nascimento: 31/10/1985
Profissão: Professor adjunto de Filosofia
Aniversário marcante: Ainda não teve.
Nascido em 31 de outubro de 1985, em Manaus, e torcedor do Boi Garantido, Wendel Holanda cresceu e viveu intensamente nos espaços que a cidade oferece, desde a Universidade Federal do Amazonas (Ufam), situada na zona Leste da capital, até pontos de grande movimento no centro da cidade.
Entre memórias e preocupações sobre os rumos da capital amazonense, ele reflete sobre o passado e as transformações que impactam a vida dos manauaras.
Doutor em Filosofia pela Universidade Federal de Minas Gerais, ele é professor adjunto de Filosofia do Instituto Federal do Pará. Durante sua formação na graduação em filosofia, nos anos de 2005 e 2008, pela Universidade Federal do Amazonas (Ufam), ele se lembra de como a cidade era mais segura e diversificada em termos de programação cultural.
Para Wendel, o x caboquinho e o tambaqui de lago merecem o topo quando o assunto é culinária regional.
No artigo recente publicado pela Associação Nacional de Pós-Graduação em Filosofia, Holanda busca diferenciar as figuras de um “bom político” e um “bom gestor”.
Ao ser questionado sobre o que gostaria de oferecer à cidade como presente de aniversário, Wendel foi direto: “Melhores políticos com um pouco de responsabilidade social e visão coletiva, ao invés de só pensar no próprio umbigo.”
Ele acredita que a cidade enfrenta uma gestão falha, especialmente em relação à arborização urbana. “Manaus é muito mal governada e, apesar de bastante quente, é a capital com menos árvores do país. Algo que, em tese, não seria difícil resolver. Imagine o difícil”, critica.
Esperança
Apesar de sua frustração com a falta de prioridade dada à questão ambiental, Wendel ainda nutre um fio de esperança: “Porém, não vejo que isso seja algo tão importante para muita gente que mora aqui. Mas espero estar errado.” Para o professor, uma gestão mais comprometida poderia transformar Manaus, tornando-a um lugar melhor para se viver.