Equipes da Amazonas Energia foram impedidas de acessar ruas do bairro por conta de protestos de moradores
Manhã tem sido de intensa movimentação contra os medidores aéreos no Dom Pedro (Fotos: Divulgação)
Moradores do bairro Dom Pedro, na zona Centro-Oeste de Manaus, estão resistindo às tentativas da Amazonas Energia de iniciar a instalação dos medidores aéreos naquela localidade. Em protesto, a aposentada Iranilde Pereira , 64, se agarrou a um poste e disse: "Só saio se eles forem embora ou se eu morrer".
Desde a manhã desta sexta-feira, os moradores se organizaram para fechar ruas para brecar o acesso dos veículos da concessionária. Com carros de som, eles chamavam atenção dos outros moradores, fazendo críticas à empresa, principalmente em relação a valores pagos e serviço inadequado. Além do Dom Pedro, outros cinco bairros de Manaus podem receber manifestações hoje contra os medidores áereos.
Na altura da rua Mem de Sá, cruzamento com a rua Bartolomeu Bueno da Silva, a polícia militar inclusive precisou ser acionada. Mas a atuação da PM no local era pra tentar a liberação das ruas para que a Amazonas Energia fizesse o serviço, uma vez que o Supremo Tribunal Federal entendeu, por unanimidade de votos, que a lei que proibia a instalação dos medidores aéreos era inconstitucional.
Mesmo com a presença da PM tentando liberar as ruas, os moradores seguem resistindo e se organizando para fechar o acesso às ruas. Vereadores que têm buscado caminhos legais para proibir os medidores aéreos no âmbito municipal, como o presidente da Casa, Caio André, e Sassá da Construção Civil, estão no local.
“A população de Manaus já demonstrou, várias vezes, que não quer esse tipo de medidor aéreo. Isso é uma concessão pública. E a empresa precisa entender que nós, que somos os consumidores, não queremos esse tipo de ligação aérea. Simples assim”, afirmou Caio André.
“As pessoas estão revoltadas aqui com a Amazonas Energia. E eu quero dizer que o povo não aceita esse sistema. Quando a população se revolta, ela manda no País. Nós vamos aprovar uma lei na Câmara para proibir os medidores (aéreos), mas precisamos do apoio da população, a população tem que estar na rua cobrando, porque quem paga a conta são vocês”, afirmou Sassá.