Com 37 UBS fluviais e 131 equipes, Amazonas será um dos mais beneficiados com o reajuste
A ministra da Saúde, Nísia Trindade (Foto: Reprodução)
O Ministério da Saúde ampliará significativamente o investimento nas Equipes de Saúde da Família Ribeirinha (eSFR) em todo o país, com um reajuste médio de 30% no custeio e um aumento expressivo no orçamento anual dessas unidades, totalizando R$ 288 milhões em 2024. A medida foi anunciada pela ministra da Saúde, Nísia Trindade, quartaterça-feira (5), durante a cerimônia de abertura da Assembleia Legislativa do Amazonas, e será oficializada por meio de portaria ainda nesta semana.
Atualmente, o Amazonas conta com 131 Equipes de Saúde da Família Ribeirinha e 37 Unidades Básicas de Saúde Fluviais, que desempenham um papel essencial no atendimento às populações que vivem em regiões remotas. O novo investimento garantirá melhores condições para a prestação de serviços nessas localidades e ampliará o acesso à saúde pública.
Entre os principais avanços, o financiamento das equipes ribeirinhas teve um salto significativo desde 2022, quando o orçamento era de R$ 80,5 milhões. Com o aumento para R$ 288 milhões em 2024, a expansão das equipes também está no radar do Ministério da Saúde. Atualmente, existem 310 equipes em funcionamento, e a previsão é que esse número chegue a 341 até o final de 2025.
Novos investimentos em infraestrutura e logística
O reforço financeiro também trará melhorias significativas na infraestrutura e nas condições de trabalho das equipes. Está prevista a inclusão de novos veículos terrestres para auxiliar no deslocamento em áreas remotas, além do reajuste nos valores das embarcações utilizadas no transporte das equipes de saúde. Outro ponto de destaque é o aumento no incentivo para pontos de apoio, garantindo uma estrutura mais adequada para a realização dos atendimentos.
Segundo a ministra Nísia Trindade, a atualização no financiamento reforça o compromisso do Governo Federal em reduzir desigualdades e ampliar o acesso aos serviços de saúde nas regiões mais vulneráveis. "O SUS precisa estar presente em todos os territórios do Brasil, respeitando as especificidades de cada região e garantindo atendimento de qualidade para quem mais precisa", afirmou a ministra.
A iniciativa também se insere no fortalecimento da Política Nacional de Atenção Básica (PNAB), priorizando a equidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e assegurando que as populações do campo, da floresta e das águas tenham acesso digno e eficiente aos cuidados médicos.