AVALIAÇÃO TÉCNICA

Ligação clandestina de água ocasionou deslizamento, diz Prefeitura

Conforme avaliação da Seminf, por conta da ligação clandestina de tubulação de água, uma infiltração sobrecarregou a encosta.

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19/01/2025 às 19:14.
Atualizado em 19/01/2025 às 19:20

A Defesa Civil do Estado permanece no local, oferecendo suporte e monitoramento contínuo para garantir a segurança da população (Foto: Junio Matos/AC)

O corpo técnico da Prefeitura de Manaus avaliou que o deslizamento ocorrido na madrugada deste domingo (19), no bairro Redenção, zona Centro-Oeste de Manaus, se deu por conta de uma ligação clandestina de tubulação de água.  No total, 3 pessoas foram socorridas e encaminhadas a hospitais da cidade. Duas seguem desaparecidas.

"O perímetro afetado pelo deslizamento é considerado arriscado para moradias e que, por conta da ligação clandestina de tubulação de água, uma infiltração sobrecarregou a encosta", informou a Prefeitura de Manaus.

 

O prefeito em exercício de Manaus e secretário de Infraestrutura, Renato Junior, esteve no local e salientou neste domingo (19) a contribuição da prefeitura e dos entes na ação de resgate e suporte. 

“Hoje foi um dia difícil no bairro Redenção. Um deslizamento causado por uma ligação clandestina afetou 6 casas construídas em área de risco, deixando 5 vítimas, sendo 3 lesionadas, conforme informações divulgadas até o momento. O prefeito David Almeida prestou solidariedade e colocou a Prefeitura de Manaus à disposição para ajudar. Seguimos firmes, confiando em Deus a todo momento”, destacou Junior.

Equipes da Seminf estão trabalhando na proteção do talude que perdeu toda a vegetação, uma lona está sendo implantada na área, caso ocorram mais chuvas, o solo não seja mais encharcado e novos deslizamentos de terra não ocorram no local, além de maquinário ajudando na busca dos desaparecidos.

Outra equipe atua na limpeza e desobstrução para acesso de uma retroescavadeira e uma escavadeira hidráulica que irão atuar nas buscar por desaparecidos. A Seminf ainda atua na iluminação da área, por meio da Unidade Gestora de Projetos de Energia (UGPM- Energia) que acompanha a concessionária Manaus Luz na instalação de projetores de LED para auxiliar o corpo de bombeiros nas buscas.

“Vale ressaltar que o corpo técnico atribui o deslizamento de terra à sobrecarga no talude, advindo de uma ligação clandestina de tubulação de água. Uma irregularidade, infelizmente, recorrente na nossa cidade. Esse erro atrelado ao contexto dessa área, imprópria para construção de moradias, nos traz ao dia de hoje. As equipes da Seminf têm atuado dia após dia na contenção de erosões, já sanamos 32 áreas como essa, mas é claro que ainda há muito trabalho a fazer e faremos”, complementa Renato Junior.

Até o momento, três pessoas foram resgatadas com vida pelas equipes e encaminhadas para unidades de saúde

As secretarias municipais de Infraestrutura (Seminf), Mulher, Assistência Social e Cidadania (Semasc), Limpeza Urbana (Semulsp), Segurança Pública e Defesa Civil (Semseg), Saúde (Semsa), o Centro de Cooperação da Cidade (CCC) e o Instituto Municipal de Mobilidade Urbana (IMMU) trabalham em conjunto na operação visando minimizar os danos causados pelo ocorrido.

Laudo técnico

Equipes técnicas da Seminf, de forma emergencial, atuam para conter os danos causados às famílias pelo deslizamento. Engenheiros alegam que as moradias foram construídas em área de risco e que na área não há rede de drenagem profunda instalada e que a rede de drenagem superficial está em pleno funcionamento.

Os técnicos da Defesa Civil identificaram uma rede de drenagem clandestina que estava com vazamento há meses, de acordo com os moradores da área. Para o secretário-executivo da Defesa Civil de Manaus, Gladiston da Silva, esse foi o principal motivo para o deslizamento. 

“Inicialmente, a gente auxiliou nas buscas das vítimas, fez todo esse trabalho de identificação dos moradores, de casas que estavam em risco, e no segundo momento, a gente passou a trabalhar para identificar as questões que culminaram neste desastre. Em contato com as famílias e com moradores da parte de cima desse barranco, eles informaram que uma conexão clandestina foi feita e estava vazando há meses. Esse foi o principal ponto de contribuição para que ocorresse o colapso desse barranco”.

Prefeito em exercício e secretario da Seminf, Renato Junior, compareceu no local da tragédia

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