Jornalista e apresentadora de A CRÍTICA expressa o amor por Manaus
'Imagina se banhar em um dos maiores rios do mundo? Já naveguei tanto por essas águas. É como se fossem uma extensão de mim' - Juliana Souza da Silva, jornalista (Foto: Daniel Brandão/A CRÍTICA)
Nome: Juliana Souza da Silva
Nascimento: 05/10/1987
Profissão: Jornalista
Lembrança de aniversário mais marcante: São muitas. Talvez a primeira, seja dos meus 5 anos, quando ouvi o locutor do rádio me parabenizando.
Neste mês de outubro, a cidade de Manaus celebra seus 355 anos, e em meio às festividades, encontramos histórias que revelam a profunda conexão dos manauaras com sua terra natal. Juliana Souza da Silva, jornalista nascida em 5 de outubro, exemplifica essa relação íntima com a capital amazonenses.
Juliana, que cresceu no bairro Japiim I, na zona Sul de Manaus, descreve a cidade como o berço de sua história.
“A maior parte da vida, morei no bairro Japiim I, na zona Sul, que continua sendo o endereço que acolhe meu coração, porque ainda é a casa dos meus pais. Lá, estudei nas escolas Lucinda Félix de Azevedo - até 4ª série do fundamental - e Ondina de Paula Ribeiro - até o 3º ano do ensino médio. Além disso, vivi minha adolescência e juventude frequentando a Paróquia Santíssima Trindade, onde, através do grupo de jovens, fui impulsionada a seguir na comunicação. Já tive muitas oportunidades de mudar para outros lugares. Mas, nenhum outro local, até agora, me faz ter a certeza de realização profissional e pessoal, como aqui”, acrescentou Juliana que mais tarde se tornaria jornalista.
O Teatro Amazonas e as margens do rio Negro são alguns dos locais favoritos de Juliana. Para a manauara, estes lugares simbolizam a riqueza cultural e natural da cidade.
“O Teatro Amazonas é um dos meus principais lugares de contemplação da história. Já entrei nessa casa milhares de vezes e sempre me surpreendo com algum novo detalhe. Outro lugar é a beira do rio Negro. Me conectar com essas águas é revigorante”, diz Juliana, revelando como esses espaços a inspiram e representam sua identidade.
A conexão familiar e emocional com Manaus é o que a mantém Juliana enraizada na cidade, mesmo diante de oportunidades de mudança. Apesar de ter conhecido diversos outros lugares com culturas distintas e vivido experiências diferentes em cada lugar que visitou, Juliana não hesita em afirmar que sua comida preferida é a sardinha frita acompanhada de baião de dois, um prato tradicional manauara.
“Sardinha frita acompanhada de baião de dois, farinha do Uarini, vinagrete e molho de pimenta murupi com tucupi. Troco qualquer prato dos cardápios mais famosos do mundo, por nossa iguaria. O máximo que consegui ficar sem nossa culinária foram 22 dias. Foi difícil!. É claro que existem outros lugares no mundo com comidas típicas deliciosas, ja provei muitas. No entanto, a nossa, tem gosto de abraço, de sol, de rio, de natureza. É deliciosa!”, confessou a manauara.
(Foto: Daniel Brandão)
Juliana Silva atua como repórter e apresentadora na TV A CRÍTICA levando a informação para a sociedade manauara todos os dias. Para a jornalista este é um pape de grande importância para as pessoas que vivem e que estão conectadas direta e indiretamente com a capital amazonense.
“Sempre quis salvar vidas. Não segui na profissão de médica, que era uma das minhas opções. Hoje, sigo iluminando a vida de pessoas, através da informação. Isso também é salvar vidas. É fazer com que meu trabalho sirva de proteção e ponte para um caminho transformador. Ter Manaus como personagem dentro do jornalismo faz meu coração se encher de orgulho dessa terra de gente aguerrida. Apesar dos desafios, vivemos na cidade das oportunidades. Como diz o poeta Celdo Braga, “vestida de seda ou vestida de chita, Manaus é bonita, vaidosa cunhã.Tem lá seus defeitos, enfim é humana, cidade do hoje e do meu amanhã”, destacou a profissional de comunicação.
Ao pensar em um presente de aniversário para Manaus, Juliana é enfática: “O livramento de políticos corruptos e também daria pessoas engajadas em sua proteção ambiental”. A jornalista também ressaltou a principal mudança que espera que aconteça em Manaus para os próximos anos.
Para Juliana, o futuro da capital amazonense depende de mudanças significativas, como a redução da criminalidade e a implementação de ações climáticas efetivas.
“[É preciso ter uma] redução do alto índice de criminalidade. Infelizmente somos a terceira capital com maior taxa de homicídios do Brasil, segundo o Atlas da Violência 2024. Também espero que tenhamos, o quanto antes, plano de ações climáticas. Não temos! Parece não ser importante para o poder público. O que será de nós com o aumento da temperatura do planeta?”, destacou a jornalista.
Outro ponto abordado por Juliana Silva é tratamento de esgoto, um problema que, segundo ela, a capital amazonense precisa urgentemente resolver.
“Desejo ainda que a meta da universalização de tratamento de esgoto seja cumprida. O prazo é 2033. Isso é mais que urgente. Uma cidade que cresceu de maneira desordenada, aterrando igarapés ou fazendo de ‘privada’, é um reflexo da falta de gestão e educação ambiental”, concluiu.