Cerca de 200 pessoas compareceram à cerimônia, que ocorreu no salão nobre do Instituto de Educação do Amazonas (IEA). Parentes, amigos e autoridades prestaram homenagens à pesquisadora nesta quinta-feira
(Velório ocorreu na tarde desta quinta-feira (Foto: Antônio Lima))
Foi velada na tarde desta quinta-feira (8) a professora Martha Aguiar Falcão, 87, falecida na manhã de hoje falecida na manhã de hoje . Parentes, amigos, membros da comunidade acadêmica e autoridades compareceram à cerimônia, que ocorreu no salão nobre do Instituto de Educação do Amazonas (IEA), Centro, local onde a pesquisadora chegou a ser diretora na década de 70. O enterro de Martha Falcão acontece no cemitério São João Batista, na Zona Centro-Sul de Manaus.
O velório iniciou por volta das 13h. Cerca de 200 pessoas compareceram à cerimônia, entre elas ex-alunos e integrantes de instituições tradicionais o Amazonas, como a Faculdade Martha Falcão, Colégio Martha Falcão e Pinnochio Centro Educacional. Martha Falcão tinha mais de 50 anos de magistério, dos quais se dedicou a todos os níveis de ensino, do básico ao superior.
Conhecedor do trabalho de Martha Falcão à frente de grandes centros de educação do Amazonas, o ex-diretor do IEA, Gedeão Amorim, afirma que a história da educadora ficará marcada. “Martha é uma ilustre amazonense, dessas pessoas que escreveram uma página insuperável. Ela fez a simbiose da sua alma e da sua intelectualidade com o cotidiano das suas ações. Ela amava esse Estado, essa natureza”, disse ele.
Vereadora e candidata à reeleição, Therezinha Ruiz destacou a importância de Martha no pioneirismo em pesquisas sobre o meio ambiente. “Tenho no meu sítio um pé de araçá-boi que peguei há muitos anos na creche dela. Ela me ensinou muito. Era pessoa que vivia para orientar e ensinar as pessoas. Se tornou num ícone na área de educação e meio ambiente”, afirmou Ruiz.
Pesquisa
E foi do araçá-boi, fruta nativa da Amazônia Ocidental, que Martha Falcão realizou uma das pesquisas mais importantes para o Amazonas nos anos 70, explorando o potencial comercial da fruta para a indústria de sucos e flavorizantes.
A pesquisa foi lembrada pela filha, Nelly Falcão, durante o velório de Martha. Em determinado momento, Nelly pediu a todos os presentes que rezassem pela alma de sua mãe e ecoassem o grito de guerra dela, “Viva a natureza”.
“Ao invés de flores, ela pediu que deixássemos uma muda. E essa muda de araçá vou plantar perto da sepultura dela no cemitério. O grande sonho de mamãe era que as pessoas cuidassem do meio ambiente plantando árvores e cuidando do verde. E agora ela foi plantar no céu”.