A cantora e compositora retornou a Manaus para aprimorar suas habilidades musicais
(Foto: Divulgação)
Nome: Gabi Farias
Nascimento: 17/10/1997
Profissão: Artista, cantora e compositora
Memória de aniversário marcante: Comemorar o aniversário em um flutuante no meio do rio Negro.
No vibrante cenário cultural de Manaus, onde a arte e a música se entrelaçam a cada esquina, Gabrielle Farias Lopes, mais conhecida como “Gabi Farias”, se destaca como uma artista multifacetada.
Nascida em 17 de outubro, ela é cantora, compositora e violonista, com uma trajetória marcada pela busca incessante em seguir seus sonhos. Embora tenha nascido na capital amazonense, foi em Itacoatiara que ela cresceu, cercada pela tranquilidade do interior, até retornar a Manaus em 2015, com a missão de aprimorar suas habilidades musicais.
“Eu nasci em Manaus, mas fui criada em Itacoatiara. Minha família inteira é de lá. Em 2015, me mudei de volta para estudar música na Universidade Federal do Amazonas (Ufam), e foi aí que criei novos vínculos com a cidade”, compartilha Gabi.
Desde sua volta, Manaus passou a ter um novo significado em sua vida, especialmente por ser o cenário de suas conquistas artísticas. Para ela, a cidade se tornou um espaço de inspiração sonora e de expressão cultural. “Pude aproveitar uma Manaus muito sonora e muito expressiva”, reflete, ao mencionar a importância da conexão entre sua arte e a cidade.
(Foto: Beto Oliveira/Divulgação)
Desde que iniciou seus estudos na Ufam, Gabi não parou mais. Além de cantar e tocar violão, ela teve a oportunidade de participar de corais, orquestras e bandas, sempre explorando sua musicalidade. Sua
carreira solo também ganhou destaque.
Com um álbum autoral, sete singles lançados e várias colaborações, Gabi se consolida como uma das artistas mais promissoras da cena musical independente do Amazonas, despontando nacionalmente.
Manaus, com seu rico patrimônio cultural, é uma cidade que desperta grande paixão em seus moradores. Para Gabi, isso não é diferente. Entre seus lugares favoritos, estão os pontos tradicionais do Centro Histórico, uma área tombada pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) em 2012 e homologada pelo Ministério do Turismo em 2021.
“Eu gosto muito do Centro, especialmente do Largo, das casinhas perto do Paço Municipal. Estudar cercada pela mata na Ufam também foi marcante para mim”, lembra Gabi, que vê na preservação da história e da cultura local uma fonte de inspiração contínua para sua arte. O Teatro Amazonas, onde trabalhou por dois anos como arquivista, também ocupa um lugar especial em sua trajetória. “Posso colocar essa estrelinha de lugar marcante na minha vida”, acrescenta.
(Foto: Demi Brasil/Divulgação)
A culinária manauara também tem um espaço cativo no coração da artista. Embora o famoso x-caboquinho seja uma paixão, Gabi revela uma predileção ainda maior por outro prato típico da região: pacu frito com farofa de banana pacovã. “ Amo x-caboquinho, obviamente, mas o que me pega mesmo é um bom pacu frito, e a farofa de banana pacovã frita. Só de pensar já me dá água na boca", comenta, destacando a importância da gastronomia como uma das formas de conexão com a cultura local.
Entre tantas lembranças de aniversário, uma se destaca de forma especial na vida de Gabi: a comemoração que fez em um flutuante no rio Negro, cercada pela imensidão das águas e pela natureza exuberante da Amazônia.
“Foi uma experiência incrível, celebrar no meio do rio Negro é algo que levarei para sempre comigo”, relembra, com um sorriso.
Essa memória resume bem o espírito livre ecriativo de Gabi, que encontra na natureza e na cultura de sua terra natal a inspiração para continuar sua jornada artística.
(Foto: Artur Cunha/Divulgação)
À medida que celebra mais um ano de vida, Gabi Farias também celebra sua conexão com Manaus, uma cidade que sempre esteve presente em seu coração, mesmo quando a distância física a separava. Hoje, ela vê em Manaus uma fonte de inspiração contínua, tanto em sua arte quanto em seus desejos para um futuro melhor para todos que vivem nela.
Nos 355 anos de Manaus, a cidade que a acolheu de volta em sua fase adulta, Gabi refletesobre o que a capital amazonense deveria receber de presente. Paraela, o que Manaus mais precisa é de valorização. “Se eu pudesse dar um presente, seria a atenção que a cidade merece, tanto das pessoas de dentro quanto de fora. Se ela fosse verdadeiramente valorizada, muitas coisas boas aconteceriam, e a cidade seria ainda mais apreciada", afirma Gabi.
A artista, que sempre demonstrou um carinho especial pela cidade, acredita que a valorização deve vir não apenas de seus moradores, mas também de líderes e representantes comprometidos com o futuro da capital. Para ela, o reconhecimento do potencial de Manaus é essencial para que a cidade continue evoluindo e se destacando como um polo cultural e social na região.
Além disso, Gabi expressa suas preocupações com o futuro da cidade diante das mudanças climáticas e dos desafios sociais. “Espero que, com urgência, Manaus possa ser mais cuidada, tanto nos aspectos sociais quanto climáticos, para que a cidade possa continuar existindo, literalmente. As pessoas precisam viver bem e com dignidade”, pontua a artista, demonstrando seu desejo por uma cidade mais justa e sustentável.