Organizações indígenas defendem melhorias na educação, saúde e saneamento básico.
Evento realizado na Ufam celebra os 10 anos de atuação do Fórum de Educação Escolar e Saude Indigena (Foto: Daniel Brandão/Freelancer/AC)
No evento que celebra os 10 anos de atuação do Fórum de Educação Escolar e Saude Indigena (Foreeia), a presidente da entidade, Alva Rosa Tukano, defendeu a implementação de uma politica acadêmica que diversifique a formação universitaria de indígenas.
Mais de 100 convidados participam, nesta quarta-feira (8), na Universidade Federal do Amazonas (Ufam) de um ciclo de debates sobre a questão Indígena. Um dos nomes convidados para o evento, o professor Dr. em antropologia da Ufam, Gersem Baniwa, argumentou que a educação deve ser uma prioridade para reduzir as desigualdades.
O professor ressaltou que a educação é o parâmetro para melhorar as políticas públicas e também garantir uma saúde de qualidade com acesso a higiene, saneamento básico e tratamento de água, além de estruturar a parte alimentar e viabilizar meios econômicos mais adequados ao desenvolvimento regional.
Alva Rosa Tukano (à esquerda)
Gersem enfatizou que o Amazonas é um estado importante na luta pelos direitos indígenas e que uma das dificuldades educacionais é a falta de recursos dos governos na educação.
A estudante e coordenadora do Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam), Isabel Cristine Munduruku, disse que são mais de 30 anos de luta do Meiam, que se passou aos mais novos como aprendizado e que apoiam a luta dos professores indígenas.
Isabel destacou que as instituições precisam atuar em conjunto para melhorar a educação e trabalhar as questões logísticas e geográficas do Amazonas e, por isso, as o Foreeia e Meiam estiveram juntos no Fórum Nacional de Educação Escolar Indígena (FNAE) para garantir direitos à educação básica de qualidade.
Izabel Munduruku, Movimento dos Estudantes Indígenas do Amazonas (Meiam)