Familiares de pacientes mortos acusam CRM de coorporativismo
Em nota de repúdio, familiares de Alan Braga e Melina Seixas, demonstraram insatisfação com resultado da audiência que apenas suspendeu por 30 dias o médico Édson Ritta Honorato
Melina Seixas (esq), Édson Ritta (centro), Alan Braga (dir) (Foto: Arquivo Pessoal Imagem: Manaus Hoje/2023)
As famílias do servidor público Alan Braga e da jornalista Melina Seixas emitiram uma nota de repúdio, nesta terça-feira (23), pela decisão do Conselho Regional de Medicina do Amazonas (CRM-AM) em punir o médico Édson Ritta Honorato com 30 dias de afastamento de suas funções. Ele é acusado de negligência em procedimentos cirúrgicos que resultaram nas mortes de Alan e Melina, em 2022.
Na noite desta segunda-feira (22), o CRM-AM apurou a conduta do médico no procedimento que teria causado a morte de Alan Braga. Ele foi condenado por violar os artigos 1º, 22 e 87 do Código de Ética Médica, e teve como punição o afastamento temporário de suas funções como médico. A família, no entanto, pedia a cassação do registro profissional do médico.
Em maio do ano passado, o conselho também decidiu pelo afastamento temporário de Edson por 30 dias ao apurar o caso da morte de Melina Seixas. Na ocasião, a punição também causou revolta entre os familiares, que pediram a revisão do caso junto ao Conselho Federal de Medicina (CFM), que decidiu por manter a decisão do CRM-AM.
Ainda na nota, as famílias de Alan e Melina disseram que não irão desistir e irão pedir novamente a revisão dos casos. “As famílias e amigos das vítimas do médico Ritta Honorato não irão desistir da luta! Pois a justiça de Deus é também a justiça dos homens”, frisaram.
Confira na íntegra
Pronunciamento dos familiares (Imagem: Reprodução/Instagram)
Posicionamento
A reportagem procurou o CRM-AM em busca de informações que justifiquem a decisão do conselho pelo afastamento temporário do médico, e aguarda um posicionamento.