Eles acusam um policial militar de ter atirado no jovem que, segundo informações de testemunhas, estava no local bebendo refrigerante com os amigos após uma partida de futebol
Manifestação realizada por familiares de jovem morto a tiros na zona oeste de Manaus (Foto: Paulo Bindá)
Familiares e amigos do jovem Romário Júnior, de 23 anos, encontrado morto com marcas de tiro na orla do São Raimundo, na Zona Oeste de Manaus, protestaram na noite desta terça-feira (29). Eles acusam um policial militar de ter atirado no jovem que, segundo informações de testemunhas, estava no local bebendo refrigerante com os amigos após uma partida de futebol.
Segundo os manifestantes, a abordagem policial aconteceu na noite desta segunda-feira (28), de forma violenta e com abuso de autoridade, momento em que Romário teria sido baleado. O corpo dele só foi encontrado na manhã desta terça-feira (29), boiando às margens da orla do São Raimundo.
Elizabeth Sales, esposa de Romário, alega que ele teria sido alvejado por um policial militar que suspeitou que Romário estivesse com drogas. Ela e os demais manifestantes acusam esse policial militar, conhecido como “Ari”, de ter envolvimento com a morte de Romário e com o tráfico de drogas, fazendo parte de uma milícia que atua na cidade.
Elizabeth Sales, esposa de Romário Júnior (Foto: Paulo Bindá)
Com um cartaz nas mãos, o servente de pedreiro, Mateus Ezequiel, que se apresentou como amigo de Romário, pediu justiça pela morte do jovem. Ele relata que não estava com ele no momento, mas horas antes esteve com Romário e afirma que ele estava na orla com amigos do futebol.
Durante o protesto, os manifestantes fecharam uma rua no bairro São Raimundo, na Zona Oeste, levando faixas e cartazes com pedidos de justiça. Eles chegaram a queimar pneus na via, e a polícia agiu para dispersar os manifestantes, que também pedem a investigação do policial acusado por eles de ter envolvimento com a morte de Romário. O protesto começou ainda no final da tarde desta terça-feira e seguiu até a noite.