Os manifestantes se reuniram na sede da reitoria da Universidade Estadual do Amazonas, na avenida Djalma Batista, e cobraram principalmente de políticos do Amazonas ações para que a decisão do STF seja revista
O local escolhido para a manifestação foi a sede da reitoria da UEA, na avenida Djalma Batista (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)
Estudantes da Universidade do Estado do Amazonas (UEA) cobraram nesta sexta-feira (28) esforços para reverter a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que derrubou o sistema de cotas da instituição que garante 80% das vagas para estudantes que terminaram o ensino médio em escola pública local. Os estudantes protestaram contra a decisão do Supremo na sede da reitoria da UEA, na avenida Djalma Batista.
A presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE), Rayane Alencar afirmou que o único caminho para manter as cotas é pressionar a bancada amazonense para apoiar a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) do deputado federal Amom Mandel (Cidadania). “Entendemos que defender as cotas da UEA é defender o nosso desenvolvimento e dos municípios do interior”, declarou.
Amom Mandel, que esteve na manifestação, afirmou à reportagem que ainda precisa convencer os outros deputados da bancada amazonense e da Câmara para que a PEC tenha aceitação.
O deputado federal Amom Mandel falou sobre a PEC que poderá alterar a Constituição Federal para fazer com que a cota seja constitucional (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)
Os estudantes pedem que o poder público do Amazonas tente reverter a decisão do STF que retirou a cota de 80% de vagas a estudantes que cursaram o ensino médio no Amazonas (Foto: Paulo Bindá/A CRÍTICA)
A PEC pretende alterar o artigo 206 da Constituição Federal para permitir aos Estados e ao Distrito Federal a criação de norma de reserva de vagas de acesso às suas instituições públicas de ensino superior voltadas a estudantes oriundos das suas redes públicas de ensino.
Um dos coautores é o deputado federal Alberto Neto (PL), que esteve na reitoria para tratar da decisão do STF. O parlamentar disse que outros estados também têm a mesma legislação que prioriza os estudantes locais.
“O reitor está formando um grupo de trabalho com os deputados estaduais para criar a legislação que vai de encontro à Constituição Federal e beneficie o Amazonas”, destacou.