Estudantes contam história por trás de monumentos históricos de Manaus

Alunos da Escola Estadual Presidente Castelo Branco vão contar a história por trás do monumento Tenente Roxana Benessi, erguido em uma das rotatórias da Avenida São Jorge, Zona Oeste de Manaus, na grande final do projeto “Educação Patrimonial e Interdisciplinaridade no Ensino Básico: Manaus 350 Anos”.

O projeto realizado pelo Centro de Formação Profissional Pe. José Anchieta (Cepan) da Seduc tem apresentação nesta quinta-feira (7), às 10h, no auditório da Escola Estadual Senador Petronio Portella, no bairro Dom Pedro, Zona Centro Oeste de Manaus.

“Todos os dias nós passamos por ele (o monumento), pois fica muito próximo da escola, entretanto muitas pessoas não sabiam seu real significado e isto nos motivou a contar a história do local, que na verdade trata-se de uma homenagem a ex-tenente do Exército Brasileiro, Roxana Pereira Bonessi Cohen, de 27 anos, que brutalmente assassinada”, explicou o professor Alisson Thiago Barbosa Pereira, sobre a escolha do tema para a competição estudantil.

O corpo da tenente Roxana Pereira Bonessi foi encontrado  no dia 2 de dezembro de 2002, numa área verde do bairro Jorge Texeira, Zona Leste de Manaus. A jovem foi encontrada com uma facada no pescoço e na época, todas as investigações da Justiça do Exército, apontavam o capitão Paulo Nelson Lima Loureiro, companheiro da vítima, como culpado.

A jornalista policial do A Crítica, Joana Queiroz, que foi uma das primeiras repórteres que cobriram o caso da tenente, palestrou aos alunos da Escola Estadual Presidente Castelo Branco, sobre como foi realizado o registro na época.

“Este sem dúvida foi um dos casos que mais marcaram minha carreira jornalística. Até hoje eu lembro como foi quando cheguei na cena do crime, das roupas que ela usava e uma pulseirinha de pedras. Poder dividir o que eu vivi com os alunos e alertá-los sobre a brutalidade de feminicídio é como poder agregar valores a estes meninos e meninas para seu futuro”, disse a comunicadora.

Outras seis escolas estaduais também participam da final com os temas:

E. E. Primeiro de Maio -  Nossas histórias: as relações dos alunos da E. E. Primeiro de Maio com o patrimônio histórico do bairro Praça 14.

E. E. Paula Ângela Franssinetti - Educação Patrimonial para o Ensino Fundamental II: uma proposta de incentivo ao respeito, valorização e preservação das diversidades culturais que constituem o patrimônio cultural do bairro Morro da Liberdade e da cidade de Manaus.

 E. E. Adelaide Tavares - Arqueologia urbana, ocupação e preservação do patrimônio histórico cultural da cidade de Manaus: uma perspectiva da História e da Geografia.

E. E. Jairo Rocha - O patrimônio histórico cultural no contexto da educação escolar: Manaus 350 anos.

E. E. Dom Milton - “O patrimônio histórico cultural no contexto da educação escolar: Manaus 350 anos” – cidade nova, parte dessa história.

E. E. Arthur Virgílio - Prática Pedagógica de Ensino interdisciplinar entre História e Literatura: rememorando nossos 350 anos através do museu da cidade de Manaus

Sobre o projeto

O principal objetivo do projeto “Educação Patrimonial e Interdisciplinaridade no Ensino Básico: Manaus 350 Anos”, desenvolvido pelo Cepan da Seduc, é de aproximar os estudantes com o patrimônio histórico da cidade de Manaus, explica a diretora da pasta, Adriana Passos Moreno.

“O projeto ganhou início no começo do ano com o objetivo de valorizar nossa história e marcar os 350 anos da capital amazonense, com todas as escolas da cidade”, ressaltou a diretora do Cepan.

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