CRESCIMENTO

Até 2025, Águas de Manaus deve ampliar em até 50% a cobertura de tratamento de esgoto na Capital

O sistema de esgotamento sanitário operado em Manaus possui uma extensão superior a 800 quilômetros de redes coletoras associadas a 76 estações de tratamento de esgoto e 76 elevatórias

Karol Rocha
karol.rocha@acritica.com
26/09/2022 às 15:43.
Atualizado em 14/10/2022 às 10:49

(Foto: Gilson Mello)

Até 2025, a concessionária Águas de Manaus pretende ampliar em aproximadamente 50% a cobertura de tratamento de esgoto na cidade e com isso, contribuir de forma positiva para o aumento da qualidade de vida e saúde da população, além da preservação do meio ambiente.  

A Estação de Coleta e Tratamento de Esgoto da Timbiras (ETE/Timbiras), por exemplo, beneficia diretamente os moradores das etapas 1 e 2 do bairro Cidade Nova e adjacências, na zona Norte da capital amazonense.

“Manaus foi a capital que mais cresceu em conexões de esgoto nos últimos dois anos em todo o país. Temos 26% de cobertura. Quando assumimos, em 2018, era na casa dos 19%. Neste tempo, Manaus cresceu bastante em relação ao saneamento e a expectativa é que nos próximos anos cresça mais”, explicou o diretor presidente da concessionária, Thiago Augusto Terada.  

O diretor presidente da concessionária, Thiago Augusto Terada (Foto: Gilson Mello)

O aumento da cobertura deve se intensificar nos próximos anos, impactando diretamente na vida dos manauaras. “Nós temos um plano agressivo de investimentos para chegar até 2025 com quase 50% de cobertura. Isso vai fazer com que avancemos ainda mais na limpeza de igarapés, melhoria nos indicadores de saúde, valorização de imóveis e assim por diante”, comentou ainda.  

EXTENSÃO

O sistema de esgotamento sanitário operado em Manaus possui uma extensão superior a 800 quilômetros de redes coletoras associadas a 76 estações de tratamento de esgoto e 76 elevatórias. As duas principais estações da cidade estão localizadas no bairro do Educandos e da Cidade Nova, englobando vários bairros da região. Existem ainda 74 ETEs de médio e pequeno porte espalhadas pela cidade. 

Terada explica que o esgoto gerado nas residências, nos comércios e indústrias é coletado através de uma rede, levado até uma estação de tratamento o qual passa por diversos processos físicos, químicos e biológicos, para garantir que estes efluentes retornem para a natureza livres de contaminações. 

“A gente disponibiliza um til que se chama terminal de inspeção e limpeza que fica na calçada da residência, a partir desse til, ela conecta a sua rede interna nesse terminal e isso garante que todo o esgoto gerado na casa, vai ser levada até uma estação de tratamento. Nela será feito o tratamento correto e ao final, a devolução para natureza de forma apropriada”, explicou. 

“Na prática, é feito um primeiro gradeamento, ou seja, é separado os sólidos do efluente líquido. No processo seguinte é feito o tratamento biológico, seguido da decantação e, por fim, a desinfecção que garante o retorno deste efluente à natureza com a qualidade necessária e aprovada pelos órgãos ambientais”, ressaltou ainda.  Diante disto, a adesão da população a rede de esgoto é de extrema importância para que o sistema funcione e os benefícios sejam percebidos na prática. 

Na ETE Timbiras, a água de residências e indústrias passa primeiro pela estação elevatória de esgoto bruto, onde se tem a água suja atrelada ao lixo descartado pela população.  

 Depois de lá, a água recebe um tratamento preliminar. É nessa parte em que ocorre a retenção de sólidos grosseiros. Uma terceira etapa é o tratamento biológico que consiste na remoção da carga orgânica. O quarto processo é a decantação, quando o lodo é separado da água. Após isso acontece a última etapa chamado de desinfecção, em que a água recebe uma dosagem de hipoclorito de sódio e por fim, a água devidamente tratada é descartada totalmente limpa aos igarapés de Manaus. 

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