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Amigos e familiares se despedem da 'legenda do rádio amazonense' Arnaldo Santos em velório

Caixão estava coberto pela bandeira do Rio Negro, clube do coração do cronista, e pelo microfone que ajudou a ecoar sua voz em todo o Amazonas

acritica.com
07/01/2025 às 09:58.
Atualizado em 07/01/2025 às 11:02

Emoção tomou conta da despedida durante velório (Foto: Samara Maciel / TV A Crítica)

Amigos, grande parte da imprensa esportiva, personalidades, políticos e familiares marcaram presença nas mais de doze horas de velório de Arnaldo Santos, cronista esportivo amazonense que faleceu nesta segunda-feira (6), aos 86 anos de idade

Uma verdadeira unanimidade no esporte amazonense, onde narrou momentos históricos em mais de 60 anos de carreira e onde também deixou sua colaboração como presidente da Fundação Vila Olímpica, Arnaldo Santos recebeu a visita de nomes que fizeram parte de sua trajetória, como os colegas de rádio Difusora Zezinho Bastos e Roberto Cuesta, o amigo e produtor televisivo Kid Mahal, o deputado Sinésio Campos, o seu sucessor na coordenação do Peladão, Sidniz Pereira, e, claro, a família que esteve ao seu lado nos momentos mais duros desde que ele descobriu um câncer, em 2016.

"Eu digo que ele é o esporte amazonense que estava em vida e agora partiu. Então a gente só tem a agradecer por ter conseguido viver ao lado dele. Agradecemos ao povo amazonense por ter acolhido esse nosso pai, nosso amigo, e acima de tudo um profissional brilhante que fechou sua missão aqui na terra com sucesso", afirmou a filha de Arnaldo, Ana Laura.

O amigo Kid Mahal, que dividiu diversos momentos ao lado de Arnaldo, destacou a trajetória de Arnaldo à frente do Peladão.

“Eu, como muitos, conhecia o Arnaldo desde criança, mas a minha maior alegria foi poder trabalhar com ele no Peladão. Construímos um grande projeto, um grande programa de valorização do esporte e da mulher brasileira. Arnaldo Santos era um pai, um amigo, um irmão, um mestre. Tudo ele fazia questão de ensinar e digo que aprendi muita coisa com ele, até melhorar meu status de bom cidadão na cidade. Muito obrigado, meu Mestre”.

Quem também fez questão de citar a jornada de Arnaldo no Peladão, que ele coordenou por tantos anos, foi o professor Sidniz Pereira, amigo que o sucedeu no comando do campeonato. 

"Tive minha primeira experiência com o Arnaldo na Fundação Vila Olímpica e lá ele me convidou para trabalhar na coordenação do Peladão, em 98. Foram 26 anos de muita amizade, muito respeito, e foi uma experiência maravilhosa, de muitas qualidades, companheirismo. Muitos acham que a gente é irmão, e esse é o sentimento".

Lembranças e memórias

Na despedida, apesar da dor, não faltavam memórias de grandes momentos vividos por Arnaldo ao longo das seis décadas de dedicação ao jornalismo esportivo. Voz das principais conquistas de todos os times do Amazonas ao longo deste período, Arnaldo nunca escondeu sua paixão pelo Rio Negro, e por isso uma bandeira do Galo da Praça da Saudade, levada por torcedores, cobria seu caixão - que estava fechado, pois Arnaldo sempre deixou claro que não queria que o vissem morto. 

Cortejo deixou funerária por volta das 9h rumo ao cemitério Recanto da Paz

Além da bandeira do clube do coração, o caixão estava coberto por dois objetos marcantes da trajetória de Arnaldo: o microfone, que serviu para que ele levasse as emoções do esporte amazonense a todos os cantos do Amazonas pelas ondas do rádio, e a tocha olímpica da Rio-2016, que foi carregada por ele durante a passagem pelo Estado. 

Após o velório, o cortejo seguiu para o cemitério Recanto da Paz, na estrada AM-070, que liga Manaus a Iranduba.

*Colaboração: Samara Maciel e Camila Leonel

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