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Instituto Nokia de Tecnologia no Amazonas demite 20% dos funcionários

O Instituto Nokia de Tecnologia (INdT) que demitiu, nesta quinta (21), 20% dos seus quadros de pesquisadores. O INdT que, atualmente, possui 220 funcionários não divulgou o número de dispensados

Cinthia Guimarães
22/02/2013 às 00:07.
Atualizado em 12/03/2022 às 01:28

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A concorrência mundial pelo mercado aparelhos celulares tem atingido a finlandesa Nokia que está vendo suas vendas despencarem. Dessa vez, o problema atingiu a central de inteligência da fabricante em Manaus, o Instituto Nokia de Tecnologia (INdT) que demitiu, nesta quinta (21), 20% dos seus quadros de pesquisadores. O INdT que, atualmente, possui 220 funcionários não divulgou o número de dispensados.

A empresa justificou que vive um cenário dinâmico e competitivo que requer mudanças nas áreas foco e que “está reduzindo parte de sua equipe de pesquisadores, devido à reformulação de suas áreas foco, portfólio e estrutura”. O INdT esclareceu que todas as obrigações legais aos funcionários afetados foram cumpridas, sendo que o Sindicato dos Empregados nas Instituições Beneficentes Religiosas e Filantrópicas da cidade de Manaus (Siemibrefi) foi comunicado oficialmente e as alterações propostas pelo INdT foram devidamente acatadas.

Problemas

O Nokia tem redimensionado sua produção de celulares nos últimos dois anos, perdendo a liderança para outras marcas como Samsung, Apple, Motorola, LG. A crise na produção vem atingido a matriz brasileira em Manaus, que fabrica celulares aqui desde 1997, além das fábricas componentistas. 

Em dezembro, a Foxconn, responsável pela injeção plástica nos telefones celulares Nokia, fechou as portas, deixando na rua 200 trabalhadores. Isso porque a companhia deixou de usar os insumos locais e passou a importá-los para reduzir seus custos.

Só no ano passado, a companhia, ao lado da Samsung, demitiu torno de 1 mil trabalhadores, segundo o Sindicato dos Metalúrgicos do Amazonas (Sindmetal). Em 2011, as demissões atingiram 263 pessoas. Na ocasião, o Ministério Público do Trabalho (MPT) interveio na questão, ao ingressar com uma medida liminar que obrigava a empresa a reintegrar 46 desses trabalhadores demitidos por apresentarem quadro de doenças ocupacionais. O caso foi parar na Justiça do Trabalho.

Segundo a reportagem publicada pela AFP, a Nokia vem se reestruturando para reduzir custos, fechando unidades de P&D e cortando 20 mil empregos ao redor do mundo. No entanto, a Nokia acredita que sua divisão de celulares não terá lucro neste primeiro trimestre: ela prevê um prejuízo operacional de 2% para a divisão, devido à concorrência e a um trimestre historicamente fraco.

Responsável por promover inovação do portfólio Nokia, o INdT possui um time de programadores que desenvolvem tecnologias de produto, tais como softwares e aplicativos; eficiência de manufatura; usabilidade e experiência do usuário; e tecnologias de rede. O instituto está acomodado em um prédio anexo à fábrica da Nokia, na avenida Torquato Tapajós, Tarumã. A Nokia emprega cerca de 2,3 mil trabalhadores, número que tem reduzido consideravelmente nos últimos meses.

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