A última vez que o recurso foi pago foi em 2022
(Foto: Arquivo A CRÍTICA)
O governador do Amazonas, Wilson Lima, anunciou na manhã desta quarta-feira (11/12), o pagamento do Fundo de Manutenção e Desenvolvimento da Educação Básica (Fundeb). O anúncio foi feito pelas redes sociais, mas não estabeleceu datas para o pagamento.
“Estou passando aqui só para adiantar uma informação. Este ano de 2024, vai ter Fundeb, hein”, disse o governador em seu Instagram.
(Foto: Divulgação)
A última vez que o recurso foi pago aos servidores foi em janeiro de 2023, referente a 2022. Os valores do abono chegaram a R$ 17,9 mil, e mais de 33,5 mil servidores tiveram direito ao benefício.
Este ano os números de servidores beneficiados ainda não foram divulgados oficialmente. No entanto, o portal da transparência apresenta 32.684 servidores da educação na relação de funcionários da educação estadual.
O diretor do Sindicato dos Professores e Pedagogos de Manaus (Asprom-Sindical), Lambert Melo, recebeu a informação com surpresa, até então, o professor acreditava que não haveria o pagamento.
“Sempre que os trabalhadores recebem um dinheiro extra ( que não está no orçamento regular ) é uma ajuda muito importante”, disse Melo.
O diretor explicou que, geralmente, o dinheiro extra é uma forma dos servidores realizarem atividades que não cabem no orçamento regular.
“Geralmente é usado para quitar dívidas existentes, ou para realizar algum serviço que era necessário mas não havia dinheiro para fazer. O abono foi pago pela última vez em 2022”, destacou.
Já a presidente do Sindicado dos Trabalhadores em Educação do Amazonas (Sinteam), Ana Cristina Rodrigues, criticou a gestão estadual por não ter investido mais nos planos de cargos e carreiras dos servidores.
"Sobra no Fundeb é sinônimo de falta de valorização. Significa que o reajuste poderia ter sido maior e que as progressões por titularidade, tempo de serviço, poderiam estar sendo pagas. Não é favor, é obrigação, caso o administrador público não alcance o mínimo de 70% exigido pela lei. Portanto, se sobrar, tem que ratear entre os trabalhadores", criticou a professora.
Terão direito ao abono os professores, pedagogos e administrativos que atuam na Secretaria de Estado de Educação do Amazonas (Seduc).