Wilson Lima anuncia convocação de mais 1.037 aprovados em concurso da Segurança

O governador Wilson Lima (União) anunciou nesta quarta-feira (12) a convocação de 1.037 aprovados no concurso da Secretaria de Segurança Pública do Amazonas (SSP-AM), dentre servidores administrativos a soldados das forças policiais e bombeiros.

Segundo o chefe do Executivo, serão convocados: 500 alunos-soldados, 120 alunos oficiais e 7 alunos oficiais da área da saúde da Polícia Militar do Amazonas (PM-AM); 210 alunos-soldados do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM): 126 profissionais da Polícia Civil do Amazonas (PC-AM); 38 novos servidores para o corpo administrativo do Departamento Estadual de Trânsito (Detran) e 36 para a SSP-AM.

O governador ressaltou que os convocados da Polícia Civil devem entregar seus documentos já na próxima segunda-feira (17), com sua efetivação ocorrendo em março. Os profissionais englobam delegados, escrivães, investigadores e peritos. Para os bombeiros e alunos da polícia militar, a documentação deve ser entregue em maio para iniciar o curso de formação em junho.

(Foto: Paulo Bindá)

 Wilson Lima lembrou que os últimos mil alunos-soldados chamados já estão formados e fazem parte do efetivo da Polícia Militar. Com a entrada de novos alunos no curso de formação, o governo trabalhará para envia-los para reforçar a segurança pública no interior do Amazonas.

“O bombeiro vai ser importante porque ele começa a atuar nesse período de estiagem e principalmente na questão das queimadas do sul do Amazonas. Todo esse esforço que nós estamos fazendo tem trazido resultados muito significativos”, afirmou.

Frustração

Presentes na frente da sede do governo do Amazonas, aprovados nos concursos se frustraram com o anúncio de Wilson Lima. Antes da coletiva, eles haviam estendido uma faixa agradecendo ao governador pela convocação. No entanto, segundo André Magalhães, um dos que estão à frente da Comissão 01 dos Aprovados da PM, a expectativa é de que fossem convocados 1 mil alunos-soldado.

“A gente começou a trabalhar com base naquilo que o governo comentou para a gente no ano passado, que chamaria mil. Então, a gente teve a reunião com o secretário de Segurança, o coronel Vinícius, ele falou que iria chamar essa quantidade, mandou que a gente mobilizasse a comissão para que se organizasse, para que esse povo todo estivesse agora, nesse momento de chamamento, pronto, com documento, com os exames. A gente fez isso e hoje vem essa frustração”, lamentou.

André afirmou à reportagem que haviam 1.500 aprovados pendentes que teme não haver tempo hábil para convocar os 1 mil restantes após o novo chamamento, já que Wilson Lima deve deixar o governo no mês de março caso queira concorrer ao Senado Federal.

“A gente sabe que o Wilson Lima já entrega o governo e a gente acredita que não vai dar tempo de chamar o restante. A gente queria um cronograma para isso, uma resposta para essas pessoas, porque como já foi falado, tem pessoas que estão vindo de outros estados, compraram passagens de avião, de ônibus, para esse chamamento de mil, as pessoas questão dentro das vagas do mil. Hoje veio esse banho de água gelada em todo mundo e ele não dá nem expectativas”, reclamou.

A reportagem procurou a Secretaria de Segurança Pública para responder as indagações feitas pelo aprovado, mas não obteve resposta até o fechamento da matéria.

Ajuda federal

Questionado se havia recebido alguma resposta às solicitações feitas ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, sobre a segurança nas fronteiras do estado com outros países, Wilson Lima afirmou que na semana que vem fará uma reunião com ele para tratar da questão, “porque 80% dos crimes que acontecem aqui na capital tem relação com essa droga que entra pela fronteira”.

“O estado do Amazonas não planta droga, nós não produzimos armas e elas estão em circulação, então elas estão vindo da fronteira, que é de responsabilidade do governo federal. Aproximadamente 16 mil quilômetros de fronteira, um terço praticamente de todas as fronteiras do Brasil, estão aqui. E é uma fronteira de mata, de rio, de difícil acesso, então não adianta o estado investir em tecnologia, ampliar efetivo, fazer todo o esforço que os nossos policiais estão fazendo de a gente não tiver ajuda do governo federal, que tem essa competência de proteger as fronteiras”, disse.

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