Vídeo registra momento em que barranco e ondas 'engolem' flutuante no Porto de Manacapuru
Nas imagens, é possível ver o barranco cedendo rapidamente, avançando com as ondas no rio rumo à estrutura do flutuante. O flutuante, que estava atracado no porto, é arrastado para o rio, desaparecendo em meio aos destroços
Imagens foram gravadas no momento exato em que parte do barranco cede no rio, provocando fortes ondas que atingem em cheio o flutuante (Imagens: Reprodução)
Um vídeo registrado por moradores de Manacapuru (AM) mostra o exato momento em que parte do barranco no Porto da Terra Preta desaba, engolindo, entre outros, um flutuante. Nas imagens, é possível ver o barranco cedendo rapidamente, avançando inclusive com as ondas no rio rumo à estrutura do flutuante. O flutuante é arrastado para o rio, desaparecendo em meio aos destroços.
Não é possível, pelo vídeo, confirmar se pessoas estavam dentro do flutuante no momento em que é atingido, no entanto, conforme apuração feita no local pelo repórter da TV A CRÍTICA Erisson Nascimento, dois flutuantes foram destruídos e em um deles havia ao menos uma criança, que foi dada como desaparecida. Os pais da criança não estariam no local no momento do acidente.
Ao lado do flutuante é possível ver uma pequena embarcação com algumas pessoas. Também não é possível identificar se a embarcação é afetada pelas ondas no rio.
(Imagens feitas pela equipe do vereador Sassá)
O desabamento ocorreu na tarde desta segunda-feira (7), em uma área de grande movimentação, onde o porto serve como ponto estratégico para o transporte de mercadorias e passageiros. O local também abriga o Terminal Hidroviário e a Secretaria Municipal de Pesca (Sempa), além de ser usado para atividades de carga e descarga.
Por meio de nota, a Defesa Civil do Amazonas informou que uma equipe do Corpo de Bombeiros já iniciou o trabalho de mapeamento da área para resgate de possíveis vítimas e uma equipe está sendo deslocada para o município para reforçar as buscas. Confira a nota na íntegra:
Sobre acidente o corrido no Porto da Terra Preta, sob responsabilidade do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), no município de Manacapuru (distante 68 quilômetros de Manaus), o Governo do Amazonas informa que uma equipe do Corpo de Bombeiros já iniciou o trabalho de mapeamento da área para resgate de possíveis vítimas e uma equipe está sendo deslocada para o município para reforçar as buscas, com o auxílio de mergulhares e especialistas em salvamento em estruturas colapsadas. Agentes da Defesa Civil do Estado também estão a caminho do local do deslizamento e a Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM) está com uma equipe no município. A estrutura das unidades de saúde na capital também estão prontas para receber possíveis feridos.
DNIT se posiciona
No fim da tarde de hoje (7), o Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) informou, por meio de nota, que a autarquia não é responsável pelo Porto da Terra Preta. Segundo a autarquia, eles são responsáveis apenas pelo IP4, que fica colado ao porto da Terra Preta. Confira a nota na íntegra:
O DNIT informa que, na manhã desta segunda-feira (7), o Porto da Terra Preta, situado nas proximidades da Instalação Portuária Pública de Pequeno Porte (IP4), em Manacapuru, no estado do Amazonas, sofreu um deslizamento de terras. Ressaltamos que o Porto da Terra Preta não é de responsabilidade desta autarquia.
O incidente neste porto é provavelmente resultado de um fenômeno sazonal conhecido como "terras caídas", comum nesta época do ano na região.
O deslizamento do Porto de Terra Preta atingiu uma balsa ancorada no local, que, ao se desprender, colidiu com a ponte metálica que dá acesso ao cais flutuante da IP4 do DNIT, afetando também pequenas embarcações nas proximidades.
O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT), acionou imediatamente as autoridades competentes, incluindo o Corpo de Bombeiros, a Polícia e a Defesa Civil.
Técnicos do DNIT já estão no local para realizar uma inspeção detalhada, com o objetivo de avaliar a extensão dos danos e os riscos que ainda podem comprometer a segurança da estrutura da IP4