O rio que banha a capital do Amazonas não apresentou recuo pela primeira vez no mês de outubro e se manteve em 12,11 metros
(Foto: Junio Matos)
O nível do Rio Negro, em Manaus, parou de descer nesta quinta-feira (10), de acordo com a medição oficial. Outras calhas, como Solimões, apresentaram estabilização; especialista enxerga sinais de antecipação do fim da vazante.
O rio que banha a capital do Amazonas não apresentou recuo pela primeira vez no mês de outubro e se manteve em 12,11 metros. O recorde de cota mais baixa já registrada foi quebrado na última sexta (04), com 12,66m, no entanto, de lá até hoje a intensidade de descida do nível do rio foi perdendo força. Entre esta terça e quarta houve uma redução de 50% ( de 12cm para 6cm de recuo).
O geólogo Daniel Borges explicou que, tradicionalmente, a vazante encerra-se no inicio de novembro, mas que os ciclos em 2024 estão se antecipando. Dessa forma, a perda da intensidade de recuo das águas pode representar o fim do período da seca. Uma grande influência, além das chuvas nas cabeceiras dos rios, é a contribuição de outros cursos d’água. No caso de Manaus, o rio Solimões é responsável por alimentar o Negro em 60%, segundo o Serviço Geológico do Brasil (SGB).
“Se o Rio Solimões cresce em força ele começa a represar o Rio Negro terminando a vazante e iniciando o ciclo da cheia” comentou o geólogo.
O painel de monitoramento do SBG aponta que o nível do rio Solimões, em Tabatinga, também não desceu entre ontem e hoje, está congelado em -2,35m. A estão de Iquitos, no Peru, importante para cheia, vinha registrando alta entre domingo (05) e terça (08). No último dado atualizado, referente a ontem, houve uma queda de 2cm.