Prisão

Prisão de suspeitos de assassinar Bruno e Dom passa de temporária para preventiva

As prisões temporárias dos três suspeitos vencem nesta sexta-feira (8)

Karol Rocha
08/07/2022 às 11:31.
Atualizado em 08/07/2022 às 11:31

Informação foi dada pelo superintendente regional da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Alexandre (Foto: Junio Matos)

As prisões de Amarildo da Costa Oliveira, 42 anos; de Oseney da Costa de Oliveira, 41, e Jeferson da Silva Lima, serão convertidas para preventiva, conforme garantiu o superintendente regional da Polícia Federal no Amazonas, Eduardo Alexandre, na manhã desta sexta-feira (8), em coletiva de imprensa.

As prisões temporárias dos três suspeitos de participação nas mortes do indigenista Bruno Pereira e do jornalista britânico Dom Phillips vence nesta sexta-feira (8).

"Há alguns dias, a Polícia Federal e a Polícia Civil representaram pela prisão preventiva desses três criminosos para que eles permaneçam presos e a decisão deve sair hoje por que o prazo vence hoje de prisão temporária", disse a autoridade.

De acordo com o superintendente federal, a Justiça Estadual declinou a competência e a atribuição investigativa para a Justiça Federal por se tratar de assuntos indígenas. No entanto, a participação de outros órgãos estaduais como Polícia Civil do Amazonas continuam na força tarefa.

"Hoje, com o avanço das investigações, o crime envolve diretamente direitos indígenas o que atrairia a competência da Justiça Federal. Por tanto, nós estamos aguardando a manifestação da Justiça Federal de Tabatinga em relação a competência e em relação a prisão preventiva dessas três pessoas que nos representamos", complementou.

 

Entenda o caso


Dom Phillips, que era colaborador do jornal britânico The Guardian, e Bruno Pereira, servidor licenciado da Fundação Nacional do Índio (Funai), foram vistos pela última no dia 5 de junho, na região da reserva indígena do Vale do Javari. Eles se deslocavam da comunidade ribeirinha de São Rafael para a cidade de Atalaia do Norte (AM), quando sumiram sem deixar vestígios.

Os restos mortais deles foram achados em 15 de junho. As vítimas teriam sido mortas a tiros e os corpos, esquartejados, queimados e enterrados. Segundo laudo de peritos da PF, Bruno foi atingido por três disparos, dois no tórax e um na cabeça. Já Dom foi baleado uma vez, no tórax.

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