Tesouro oculto

PF cumpre sete mandados de prisão em operação que investiga venda de planos de saúde falsos

A PF confirmou à reportagem que o alvo principal é o ex-vereador Ronaldo Tabosa e as suas clínicas. De acordo com a PF, os alvos tiveram pelo menos R$ 87 milhões em bens bloqueados.

Joana Queiroz
04/10/2023 às 08:21.
Atualizado em 04/10/2023 às 08:24

Os agentes estão nas ruas desde as primeiras horas da manhã (Foto: Divulgação)

Tesouro Oculto é o nome da operação que a Polícia Federal, em conjunto com o Ministério Público Federal, deflagrada na manhã desta quarta-feira (4). A operação tem com o objetivo de combater crimes de lavagem de dinheiro, sonegação fiscal, organização criminosa, fraude à execução e uso de documento falso. A PF confirmou à reportagem que o alvo principal é o ex-vereador Ronaldo Tabosa e as suas clínicas.

A investigação iniciou-se em 2019 e apurou um esquema de criação de empresas fraudulentas, por meio de organização criminosa, que fazia a utilização de “laranjas” (sem ciência da sua condição de participante na ação) e de “testas de ferro” (com ciência da participação).

As empreses eram criadas de fato, com CNPJ constituído, com o intuito de venderem planos de saúde sem registro na Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), além de sonegar créditos fiscais, frustrar direitos trabalhistas, fraudar credores e lavar os ativos ilícitos obtidos por meio.

Desde as primeiras horas desta quarta, 100 policiais federais cumprem 21 mandados de busca e apreensão e sete mandados de prisão em Manaus e Borba, locais estratégicos identificados durante as investigações. No condomínio Atlantis no Parque -10, moradores informaram que os policiais estão na casa do ex-vereador Tabosa.  

(Foto: Divulgação)

De acordo com informações da PF, foi concedido judicialmente o sequestro e indisponibilidade de bens móveis e imóveis, visando a quitação da dívida perante a Fazenda Nacional no valor de RS 87 milhões.

 Memória 

 Em junho de 2011: TRE cassoU o diploma de vereador de Jander Tabosa e tornou ele e o pai, o empresário Ronaldo Tabosa, inelegíveis (não podem disputar eleições) por três anos por fraude eleitoral. 

Na época, o juiz determinou o envio de cópia do processo para a Polícia Federal para abertura de inquérito criminal contra os Tabosa. 

Essa decisão foi mantida pelo TSE em 2012

 O crime

 Ronaldo Tabosa, que atuava como apresentador de um programa na TV Rio Negro e que já havia disputado a eleição de 2006, foi acusado de enganar os eleitores ao posar na propaganda eleitoral de 2008, como candidato, quando, na verdade, quem concorria era o filho Jander.

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